Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2020 |
Autor(a) principal: |
Júnior, José Benedito Ramos Valladão |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5169/tde-20092021-105123/
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Resumo: |
INTRODUÇÃO: Anemia e distúrbios cognitivos são condições cada vez mais frequentes com o envelhecimento populacional, resultando em impacto considerável na saúde e qualidade de vida. A associação entre o desempenho cognitivo e os níveis de hemoglobina tem sido objeto de debate, mas poucos estudos foram realizados em indivíduos de meia-idade. Nosso objetivo foi estudar a associação entre anemia e desempenho cognitivo na linha de base do Estudo Longitudinal de Saúde do Adulto (ELSA-Brasil), uma coorte multicêntrica realizada em seis cidades brasileiras. MÉTODOS: Este estudo transversal incluiu 13.624 participantes entre 35 e 74 anos (idade média de 51.6 ± 9.0 anos). A avaliação da linha de base ocorreu entre agosto de 2010 e dezembro de 2012 e consistiu em questionários, testes clínicos e laboratoriais e armazenamento de material biológico. A anemia foi definida de acordo com a recomendação da Organização Mundial da Saúde (concentração de hemoglobina <12,0 g / dl para mulheres e <13,0 g / dl para homens). O desempenho cognitivo foi avaliado por meio de escores padronizados (de acordo com a idade, sexo e escolaridade) para aprendizagem verbal, recordatório tardio, reconhecimento de palavras, teste de fluência verbal semântica e teste de trilhas parte B (TT-B). Além da avaliação a partir de cada teste cognitivo em separado, um escore cognitivo global foi calculado como a média dos escores padronizados nos cinco testes. Assim, investigamos a associação entre anemia e desempenho cognitivo usando modelos de regressão linear (1) brutos; (2) ajustados para raça, renda familiar, tabagismo, hipertensão, diabetes, dislipidemia, função tireoidiana e uso excessivo de álcool (modelo ajustado 1); (3) ajustado para as variáveis do modelo ajustado 1 associado a ajuste adicional para idade, sexo e escolaridade (para reduzir a confusão residual), índice de massa corporal, taxa estimada de filtração glomerular e uso de medicamentos antipsicóticos, agentes antiparkinsonianos e/ou anticonvulsivantes (modelo ajustado 2). RESULTADOS: Anemia foi diagnosticada em 713 (5,2%) participantes, sendo observada em 158 de 6.159 (2,6%) homens e 555 de 7.465 (7,4%) mulheres. Não encontramos associação entre anemia e pior desempenho cognitivo nos modelos ajustados. Escores cognitivos globais foram semelhantes entre indivíduos com e sem anemia em modelos ajustados para toda a amostra ( = -0,004; intervalo de confiança de 95% [IC 95%]: -0,052 a 0,044), ou para homens ( = 0,047; IC 95% : -0,015 a 0,146) e mulheres ( = -0,015; IC95%: -0,070 a 0,040) em separado. Os níveis de hemoglobina (agrupado em quintis) também não mostraram associação ao desempenho em escores cognitivos globais. Da mesma forma, não foram observadas associações significativas entre anemia ou níveis de hemoglobina quando cada teste cognitivo foi avaliado em separado. CONCLUSÕES: Anemia ou níveis de hemoglobina não foram associados com pior desempenho cognitivo nesta população de estudo. Nosso estudo estende esses achados a uma amostra grande, racialmente heterogênea e composta por adultos de meia-idade, características raramente encontradas em populações investigadas em estudos anteriores |