Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2012 |
Autor(a) principal: |
Viegas, Lia Matos |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/47/47132/tde-12062012-151306/
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Resumo: |
As habilidades de navegação e as estratégias de memorização de rotas, temas estudados na área de Cognição Espacial, são assuntos de extrema importância que vem atraindo interesse crescente por parte de psicólogos, etólogos, biólogos, geógrafos e engenheiros. A presente pesquisa teve como objetivo testar se os resultados encontrados na literatura se manteriam num contexto naturalístico em que os participantes elaborassem a rota a ser seguida e pudessem realizá-la sem a interferência do pesquisador. Em geral, os pesquisadores elaboram rotas para os participantes e interferem no percurso executado sempre que ocorre um desvio. Na presente pesquisa, também procuramos avaliar se haveria associação do desempenho nessa tarefa com características que, de acordo com a literatura, influenciam o desempenho em tarefas espaciais: tarefas de rotação mental, estratégias de memorização da rota, história de desenvolvimento, quociente de sistematização e razão 2D:4D, um indicador da exposição a andrógenos durante a gestação. O procedimento consistiu em solicitar aos participantes (11 homens, 13 mulheres) que estudassem o mapa de uma região que não conheciam e elaborassem uma rota entre dois pontos dessa área. Essa rota foi seguida logo depois, sendo que os participantes foram avaliados em relação à distância percorrida e ao desvio da rota originalmente elaborada. Foram também submetidos a tarefas de montar quebra-cabeças, a testes de rotação mental e de habilidades lingüísticas, desenho e questionários que avaliaram seu quociente de sistematização e exploraram como era seu ambiente de desenvolvimento e seu comportamento espacial. Finalmente, foi feita a imagem das mãos, para avaliação da Razão 2D:4D. Entre os resultados encontrados, destacamos a diferença nas estratégias usadas por homens e mulheres nas tarefas de memorização das rotas, com as mulheres usando mais pontos de referência relativos do que os homens; além disso, conforme esperávamos, mas contrariando a literatura, homens e mulheres desviaram de maneira equivalente da rota originalmente planejada. Também foram encontradas associações entre a auto-avaliação do senso de direção dos participantes e quociente de Sistematização, ambiente de desenvolvimento e Razão 2D:4D (essa última, só para as mulheres). Participantes que cresceram em ambientes que os estimularam mais ou com maior quociente de Sistematização se auto-avaliaram como tendo um senso de direção melhor. O mesmo ocorreu com mulheres cuja Razão 2D:4D foi mais baixa, indicando maior exposição a hormônios masculinos durante a sua gestação. Pelos resultados encontrados na presente pesquisa, podemos supor que o fato dos participantes terem elaborado as rotas pode ter permitido que eles criassem um percurso que se adaptasse às suas estratégias de memorização. Isso permitiu que a diferença encontrada na literatura entre homens e mulheres quanto ao desempenho nessa tarefa deixasse de existir |