Mercantilização da natureza: o mercado fictício-ambiental de carbono e a nova forma de reprodução ampliada do capital

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Souza Júnior, Everton Luís de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8135/tde-07062024-174442/
Resumo: As alterações nos padrões climáticos do todo o Planeta está entre um dos temas mais discutidos na atualidade, nas mais diferentes escalas e nichos, inclusive propiciando a criação de tratados e acordos multilaterais, assinados por quase todas as nações e abrangendo diversos pontos, como a criação de instrumentos técnicos, aparatos legislativos e normativos, metas de reduções de emissões de gases poluentes e novos tipos de negociações que envolvem a mitigação de emissões a partir de inovadoras fórmulas de valorar esses gases. Por meio do estudo do mecanismo de desenvolvimento limpo e sua gradual evolução para um mercado global de carbono, o presente trabalho se pauta no entendimento e na discussão da criação desses mercados flexibilizadores, que aqui denominamos de fictício-ambientais, os quais internalizam externalidades dos processos produtivos até então considerados pela economia clássica como falhas de mercado e não contabilizadas no ciclo produtivo, e os dotam de um valor. Essa dotação de valor acontece imaterialmente, por meio de juros, sobre juros, taxas e nas mais diversas formas que a ficção do dinheiro sob a doutrina neoliberal permite. Assim, deduzimos que toda essa lógica é uma nova forma do capitalismo se reproduzir, em um novo processo: o modelo de desenvolvimento sustentável, em seu aspecto de economia verde, que se coloca como alternativa às consternações que são sentidas com as mudanças climáticas e as alterações que são previstas. Debatemos, ainda, o quão eficaz e sustentável seria essa técnica na atual conjuntura do Planeta Terra e dos efeitos que já são sentidos, destacando os processos, os atores e as dinâmicas envolvidos em toda a questão