Educação ambiental: potencialidades e entraves à uma educação emancipatória em um município do Vale do Paraíba

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Carvalho Júnior, Expedicto Ribeiro de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/97/97138/tde-28052019-140054/
Resumo: A Educação Ambiental (EA) surge no âmbito das sociedades modernas forjadas com a Revolução Industrial. Os problemas advindos desta se dão devido à maneira como o homem passa a se relacionar com os recursos naturais, onde há um descompasso entre o tempo da produção e o tempo da natureza ocorrendo uma consequente degradação. Neste sentido, a EA discute formas de apropriação do meio ambiente e a possibilidade/necessidade de relações mais harmônicas com o mesmo. Este trabalho se caracterizou por investigar as potencialidades e entraves/dificuldades à efetivação da Educação Ambiental nas escolas públicas em um município do Vale do Paraíba, e compor um perfil para os coordenadores pedagógicos das escolas municipais dessa região, em relação à EA. O levantamento de dados foi realizado por meio de um questionário, construído com base na escala Likert de 5 pontos, respondido pelos coordenadores. A tabulação foi realizada levando-se em consideração a localidade da escola de atuação dos coordenadores (escola urbana e central, escola urbana e periférica e escola rural); em seguida procedeu-se a validação dos dados com a utilização do programa Biostat 5.3, no qual foi realizado análise de variância seguindo o teste de Kruskal Wallis e nos casos em que resultou em variâncias significativas, foi realizado pós-teste em Student Newman Keuls para comparar duas a duas as variáveis e identificar as diferenças significativas entre elas. Os resultados apontaram para um perfil dos coordenadores pedagógicos que ainda estão centrados no cognitivismo, assumindo trabalhos/ações pontuais e desconexas em relação à EA. Observou-se, também, que as concepções dos coordenadores pedagógicos são recortadas e que isso replica nos professores que segundo os coordenadores não se articulam enquanto equipe de docentes, tampouco o fazem com a comunidade a qual a escola se insere, o que reforça o caráter cognicista da EA. Notou-se que na região rural, apesar de compor um pequeno número de unidades, existe um pensamento, por parte dos coordenadores e por consequência de toda a escola, no campo pedagógico, de mudança de direção na concepção e abordagem da EA. Esse cenário, apesar de estágio inicial, constitui-se enquanto possibilidade à EA e pode corroborar para auxiliar na mudança de paradigma da EA nesta rede de ensino. Da mesma maneira, a EA enquanto transversalidade e vista sob a ótica emancipatória, pode contribuir para que a escola assuma seu papel, enquanto espaço propício para a escola, no uso de sua autonomia declarada, se constituir enquanto espaço público de formação para o exercício da prática cidadã.