Caracterização da biossíntese do gasotransmissor sulfeto de hidrogênio (H2S) em úlceras venosas.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Umezu, Lucia Roberta da Cruz Paião
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Dor
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/42/42136/tde-07032024-161846/
Resumo: A prevalência e incidência de úlceras venosas (UV) nos membros inferiores vêm aumentando globalmente e, paralelamente, aumenta-se o dispêndio financeiro para tais casos. A dor é um sintoma frequente e negligenciado em portadores de UV, que afeta particularmente, a população adulta, com maiores índices entre idosos, obesos e com baixas condições socioeconômicas. Estudos recentes, mostram grande potencial e vantagens no emprego de moléculas doadoras de sulfeto de hidrogênio (H2S). Moléculas doadoras de H2S com cinética de liberação lenta ou moléculas híbridas anti-inflamatório não esteroide no tratamento e resolução da inflamação com componente sensitivo/nociceptivo. O objetivo desse estudo consistiu-se em avaliar e caracterizar a biossíntese do gasotransmissor Sulfeto de Hidrogênio (H2S) em úlceras venosas e eficácia de um sistema tópico nanoestruturado para doadores de H2S (ATB-346 e GYY4137) na dor e cicatrização de UV de voluntários de ambos os sexos. Foram estudados 14 pacientes com UV de difícil cicatrização, 6 pacientes do sexo masculino e 8 do sexo feminino, com média de idade de 64 anos para a caracterização da biossíntese de Sulfeto de Hidrogênio. Na segunda fase, foi realizado um estudo piloto, com doadores de H2S com 3 pacientes do sexo feminino e 2 pacientes do sexo masculino, com média de idade de 53 anos e portadores de UV (classes I e II). Os pacientes foram recrutados no Ambulatório de Estomatoterapia, sendo esses distribuídos em 5 grupos randomizados (avaliados clinicamente por 20 dias quanto à evolução da área ulcerada (cicatrização), efeitos adversos, alodínia mecânica, escores da dor e de qualidade de vida, segundo às características sociodemográficas. Foram coletados debris das feridas dos pacientes para o grupo de caracterização da biossíntese assim como dos pacientes que iriam receber o tratamento, D0, D7, D15 e D20 pós-tratamento, para análise bioquímica de atividades enzimáticas, bem como a expressão de enzimas envolvidas na síntese de H2S (CBS, CSE, 3MST, IL 1<font face = \"symbol\">b, MMP 1/8) por Western Blotting; expressão de resíduos proteicos de nitrotirosina (NT), 4HNE e proteínas carboniladas por Slot Blot e determinação da atividade das enzimas metaloproteinases MMP 2, 9 e 3 por zimografia. Nesta primeira fase, mostramos que a triagem de diversos marcadores inflamatórios expressos de maneira distinta nos tecidos granuloso e rígido associados à expressão reduzida da CSE no tecido granuloso e a maior expressão da CBS no tecido rígido podem servir como marcadores para avaliar a eficácia de novas intervenções terapêuticas voltadas para o processo de cicatrização de feridas crônicas (UV). Os resultados obtidos na fase 2 demostram que, para os pacientes que utilizaram a formulação com GYY, houve aumento da expressão de CBS, CSE, 3MST, NT e diminuição de 4HNE e proteínas carboniladas no D7. IL-1<font face = \"symbol\">b, MMP 2, 9 e 3 não tiveram alteração da expressão. O paciente que recebeu a formulação com ATB-346 teve o estudo interrompido e os dados de D15 e D20 foram semelhantes ao grupo controle. Dos 15 pacientes recrutados (7 masculinos e 8 femininos), 10 foram excluídos do estudo pelo abandono na continuidade do tratamento. A pandemia de SARS-COVID-19 impactou negativamente no recrutamento dos voluntários.