Mecanismos da ação quimiopreventiva do óleo de pequi (Caryocar brasiliense Camb) na hepatocarcinogênese in vitro

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Palmeira, Simone Morais
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5160/tde-16022023-192845/
Resumo: O óleo de pequi (Caryocar brasiliense, Camb) inibe o desenvolvimento da hepatocarcinogênese em camundongos, mas os mecanismos desse efeito ainda são desconhecidos. É importante entender como o óleo atua na quimioprevenção da carcinogênese, uma vez que este fruto, nativo do Brasil, possui uso promissor na prevenção do câncer hepático. Portanto, neste estudo buscamos identificar in vitro os mecanismos pelo qual o óleo de pequi inibe a hepatocarcinogênese. Para a avaliação dos possíveis mecanismos do óleo, foi estabelecido um modelo de carcinogênese hepática in vitro. A linhagem celular AML12 e o carcinógeno aflatoxina B1(AFB1) foram utilizados no modelo. As células foram expostas à AFB1 (1M), óleo de pequi (5,62 g/mL) em combinação com AFB1 (OP+AFB1) e controle do veículo (DMSO 0,01%) por 40 ciclo, cada ciclo sendo 72h.). Subculturas das células tratadas com AFB1 e OP+AFB1 por 40 ciclos foram caracterizadas quanto ao ganho de fenótipo ou inibição de fenótipo maligno e foram avaliadas as seguintes alterações: alterações no crescimento pela quantificação do índice proliferativo pela imunomarcação com BrdU e distribuição do ciclo celular por imunoblotting; alterações na morte celular foi avaliada pelo ensaio da apoptose com dupla marcação com os corantes anexina V e iodeto de propídio analisados em citometria de fluxo; e a avaliação do estresse oxidativo foi pela mensuração de espécies reativas de oxigênio (ROS), utilizado o corante fluorescente DCFDA e a imunomarcação por fluorescência de proteínas de defesa antioxidantes. Adicionalmente, avaliamos o efeito do óleo de pequi no estresse oxidativo e efeito antigenotóxico nas células HepG2 pela quantificação de espécies reativas de oxigênio (ROS) e ensaio do cometa para determinar danos no DNA. Como resultados, encontramos que o óleo de pequi reduz a geração de ROS intracelular nas células AML12 expostas à AFB1. Possivelmente, o óleo atua nas defesas antioxidantes endógenas, responsáveis pela remoção de ROS. O óleo de pequi também diminuiu a geração de ROS e reduziu quebras nas fitas de DNA nas células HepG2 expostas ao peróxido de hidrogênio (H2O2), reforçando seu efeito no controle de espécies reativas de oxigênio e indicando seu efeito antigenotóxico, pela inibição de danos oxidativos no DNA de células HepG2. Portanto, concluímos que o óleo de C. brasiliense age quimiopreventivamente na inibição do estresse oxidativo e na proteção do material genético contra danos oxidativos de hepatócitos pela redução de ROS e quebras nas fitas do DNA e potencialmente pode ser aplicado na prevenção do câncer hepático