Resultado cirúrgico nas epilepsias fármaco-resistentes associadas às malformações focais do desenvolvimento cortical

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2003
Autor(a) principal: Alexandre Junior, Veriano
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/17/17140/tde-11092024-144645/
Resumo: Com o advento da ressonância nuclear magnética de encéfalo (RNM), cada vez mais as malformações do desenvolvimento cortical (MDC) estão sendo diagnosticadas in vivo e associadas com epilepsias fármaco-resistentes (FR). Conseqüentemente, um maior número de pacientes têm sido encaminhados para a avaliação pré-cirúrgica. Séries cirúrgicas têm sido descritas, porém, as amostras são pequenas e não homogêneas (quanto a o tipo de MDC), dificultando a interpretação dos resultados. Portanto, mais estudos que contribuam para a troca de informações devem ser realizados. Neste estudo, nós descrevemos uma série com pelo menos dois anos de seguimento pós-operatório de pacientes tratados cirurgicamente para epilepsia fármaco-resistente (FR) associada a MDC. Para tentar homogeneizar nossa amostra, nós incluímos na análise os casos de MDC nas quais os achados histopatológicos do tecido cerebral ressecado mostraram lesões displásticas predominando no córtex cerebral. Excluímos os casos em que as MDC predominaram na substância branca subcortical ou com alterações difusas vistas pela RNM. Nós analisamos os resultados cirúrgicos correlacionando-os com os dados da avaliação pré-cirúrgica, abordagem cirúrgica e achados histopatológicos. Obtivemos 65,5% dos pacientes livres de crises. A idade dos pacientes no momento da cirurgia, a localização e a extensão da MDC, o eletrencefalograma (EEG) interictal e ictal de superfície, as eletrocorticografias crônica e aguda, o tipo de ressecção cirúrgica e os achados histopatológicos não se correlacionaram significativamente com o bom prognóstico pós-operatório. A única análise que mostrou apenas uma tendência (p=0,08) para o controle das crises no período pós-operatório foi a retirada completa da lesão visível pela RNM.