Determinantes bionômicos e eco-químicos do cleptoparasitismo de Lestrimelitta limao Smith 1863 (Hymenoptera: Apidae, Meliponini)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2012
Autor(a) principal: Zuben, Lucas Garcia Von
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/59/59131/tde-07052013-114658/
Resumo: As relações entre flores e abelhas durante a evolução tiveram um importante papel na adaptação desses insetos, uma vez que eles se utilizam dos recursos florais (néctar e pólen) para sua alimentação. A adaptação a essa estratégia alimentar fica evidente pela presença de estruturas morfológicas nessas abelhas relacionadas à esse comportamento, como a corbícula. Apesar da utilização de recursos florais estar presente em praticamente todas as espécies de abelhas, algumas espécies de abelhas sem ferrão (Meliponini) apresentam um tipo de comportamento alimentar que difere bastante de todos os outros encontrados em abelhas sociais. No comportamento conhecido como cleptoparasita, as abelhas não visitam flores e conseguem seu alimento através do saque a outras colônias. Este comportamento está presente como estratégia exclusiva nos gêneros Lestrimelitta e Cleptotrigona. Durante o saque são levados da colônia pilhada, mel, pólen, cerúmen e, principalmente, alimento larval. Apesar de alguns estudos já terem sido realizados, muitas questões importantes relacionadas à ecologia química e comportamental do cleptoparasitismo ainda permaneciam sem respostas. Sendo assim, o presente estudo objetivou investigar esses dois aspectos do cleptoparasistismo em L. limao. Dentro do aspecto comportamental as análises se concentraram na investigação da escolha das colônias hospedeiras. As análises ecoquimícas, por sua vez, focaram na identificação dos compostos presentes nas glândulas mandibular e salivar cefálica e na identificação do papel ecológico desses compostos durante os saques. Os resultados obtidos trouxeram novas e importantes informações sobre o comportamento cleptoparasita de L. limao. Foi possível observar uma menor frequência dos ataques à espécie que apresenta respostas agressivas ao saque, em comparação às que agem passivamente. Além disso, os dados obtidos nas análises químicas trouxeram novidades importantes, relacionadas à proporção dos isômeros do citral presente na glândula mandibular das operárias, à presença de ésteres na glândula salivar cefálica e ao papel ecológico do citral. Ainda, a evolução do cleptoparasitismo em abelhas sem ferrão é amplamente discutida e, por fim, é explicitada a necessidade de uma nova classificação para os diferentes tipos de parasitismo presentes no grupo das abelhas.