Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2016 |
Autor(a) principal: |
Quinhoneiro, Driele Cristina Gomes |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/17/17138/tde-06012017-111756/
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Resumo: |
A obesidade surge como um distúrbio neuroendócrino, com atuação de fatores de risco ambientais e genéticos, e recentemente centenas de genes tem sido associados ao controle do peso corporal e metabolismo energético. Frente à alta incidência e prevalência de obesidade na população, empregam-se estratégias com a finalidade de elevar a eficácia de perda de peso, como por exemplo, o uso de compostos bioativos presentes nos alimentos, com destaque para 3-galato de epigalocatequina (GEGC) presente no chá verde. As dietas ricas em polifenóis apresentam efeitos antiobesogênicos, possivelmente por sua interação direta ou indireta com o tecido adiposo. O presente estudo teve como objetivo verificar a expressão de UCPs, PLIN1, PPARG2 e ADRB3 em tecido adiposo subcutâneo abdominal de mulheres com obesidade grau III antes e após oito semanas de suplementação com extrato de chá verde descafeinado e associar com variáveis antropométricas, taxa metabólica de repouso (TMR), oxidação de substratos e consumo alimentar. A amostra foi composta por 11 mulheres com obesidade grau III submetidas à suplementação de 450 mg de chá verde por oito semanas (grupo intervenção) e 10 mulheres eutróficas (grupo controle). Tratou-se de um estudo longitudinal e foram coletadas medidas antropométricas de peso e estatura para cálculo do Índice de Massa Corporal (IMC); circunferência abdominal (CA); composição corporal (massa livre de gordura e massa gorda) por bioimpedância elétrica; ingestão alimentar por recordatórios de 24h, TMR por calorimetria indireta e análise de expressão gênica por reação em cadeia da polimerase em tempo real (RT-qPCR). Após oito semanas de suplementação, o grupo intervenção não apresentou alterações nas variáveis antropométricas, de composição corporal, TMR e oxidação de substratos. Ao comparar o grupo controle e intervenção, observou-se no primeiro valores menores de IMC, CA, massa livre de gordura, massa gorda, TMR e oxidação de lipídios. Dos genes analisados, houve aumento da expressão de UCP3 após o período de suplementação (p=0,026). As análises de correlação e regressão linear mostraram que as mulheres com obesidade grau III antes da suplementação de chá verde que expressavam mais UCP2 possuíam menor peso (p=0,043) e massa gorda (p=0,045). Ainda, às que ingeriam mais calorias por dia, exibiram maior expressão de UCP2 (p=0,045). Conclui-se que a suplementação de extrato de chá verde descafeinado, por 8 semanas, em mulheres com obesidade grau III, não altera a expressão de UCP1, UCP2, PLIN1, PPARG2 e ADRB3, o que poderia explicar a manutenção das variáveis antropométricas, composição corporal, taxa metabólica de repouso e oxidação de substratos. Por outro lado, há o aumento da expressão de UCP3 após a intervenção, sugerindo um possível mecanismo de adaptação desse gene atuando na manutenção do peso. |