O espaço do mercado de capitais: tecnosfera e psicosfera dos investimentos no território brasileiro

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Nabarro, Wagner Wendt
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8136/tde-06022023-115614/
Resumo: O mercado de capitais brasileiro é marcado pela concentração espacial de agentes, serviços e capitais. Em torno da única bolsa de valores em atividade no território, a B3, sediada em São Paulo, uma série de serviços financeiros e informacionais são organizados para atender às empresas e aos investidores. Nesse sentido, observamos a conformação de uma tecnosfera e uma psicosfera dos investimentos no território brasileiro, complementares e indissociáveis. Por um lado, objetos e redes técnicas dão base às transformações no mercado de capitais de capitais brasileiro, permitindo maior velocidade e volume de operações, melhores conexões entre os serviços e os investidores, ligações mais amplas entre os centros financeiros e acesso facilitado às negociações, que passam a se realizar sobretudo a partir da internet. Por outro lado, identificamos, no mercado de capitais brasileiro, a mobilização e produção de ideias, sentidos e imaginários com base em diversos círculos de informações que se dão a partir das análises de investimentos, da regulação, da mídia financeira, da produção técnico-científica financeira e da administração corporativa. Dentre os processos embasados por essa tecnosfera e essa psicosfera, que se destacam a partir dos anos 1990, estão uma aceleração das negociações financeiras, uma internacionalização do mercado de capitais e uma popularização dos investimentos financeiros. A essas dinâmicas está implicado um aprofundamento da concentração espacial dos investimentos e dos serviços financeiros na metrópole de São Paulo, reforçando seu papel enquanto centralidade financeira no território brasileiro e conferindo a ela um poder contínuo de controle sobre as decisões econômicas nacionais.