A florescência tardia: Bolsa de Valores de São Paulo e mercado global de capitais (1989-2000)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2008
Autor(a) principal: Arruda, Jose Jobson do Nascimento
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8137/tde-27112009-110719/
Resumo: A relação entre a BOVESPA e o mercado financeiro globalizado é o eixo central desse trabalho. A forma pela qual uma instituição centenária, surgida em país periférico, gradativamente se atrela ao movimento do grande capital tornando-se um dos players globais, é a sua especificidade. O desdobramento dessa problemática nuclear se dá em três níveis. Primeiro, pela busca de conexões entre as crises do capitalismo em distintas temporalidades, a Crise de 1929 e as crises dos anos 1990, cujo elo se estabelece na busca de um denominador comum, detectado no estado de expectativa discutido por Keynes, que remete à natureza do capitalismo financeirista na sua dimensão fictícia descoberto por Marx. O segundo nível se faz por via da caracterização da estrutura econômica, alicerçada no capitalismo da era da globalização, em que a dimensão financeira se torna dominante e na qual as crises de sobreacumulação transformam-se em crises de acumulação por despossessão, forma perversa de desvalorização e revalorização de ativos financeiros, por via da reciclagem. O terceiro nível envolve a análise da trajetória da Bolsa de valores de São Paulo em seu percurso centenário que, nos anos 1990, a transforma em instituição compatível com suas congêneres internacionais, ocupando o primeiro lugar disparado entre as bolsas brasileiras e o primeiro na América Latina. O enlace entre micro e macro história, o diálogo permanente entre as determinações mais gerais e as experiências locais dão a tônica metodológica ao estudo.