Análise de viabilidade de um conjunto de indicadores de saúde mental para gestão da Rede de Atenção Psicossocial brasileira

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Lima, Inacia Bezerra de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/22/22131/tde-15122021-085134/
Resumo: O objetivo principal desta tese foi selecionar um conjunto de indicadores de saúde mental para a gestão de uma Rede de Atenção em saúde mental, a partir da análise da convergência de uso desses indicadores em países com sistema público de saúde. Método - A matriz de saúde mental foi tomada como referência principal no desenvolvimento e aplicação do modelo para a Rede de atenção Psicossocial brasileira. Este modelo possui duas dimensões, sendo uma geográfica, dividida em três níveis: nacional/regional, local e individual (do paciente), e outra temporal, definida por três fases: entrada, processo e resultados. Para fazer isso, seguimos uma estratégia metodológica dividida nos seguintes blocos: Análise Conceitual, Extração de Conhecimento e a Validação de Conteúdo. Resultado - Na análise conceitual foi realizada uma revisão integrativa da literatura, bem como uma análise dos documentos normativos, que ao final nos permitiu selecionar três países para contribuir na seleção dos indicadores de saúde mental, que forneceram um conjunto de 164 indicadores, que são: 15 da Austrália, 55 do Canadá e 95 da Inglaterra. Na extração de conhecimento, a partir de uma análise detalhada conseguimos isolar 41 indicadores de saúde mental, que apresentavam evidências quanto ao uso e finalmente posicionamos a Matriz de Saúde Mental, associando cada indicador como uma métrica para avaliar adequadamente o propósito dos serviços de saúde mental nos níveis e fases de cada dimensão, geográfica e temporal. Finalmente na validação do conteúdo, realizamos dois experimentos: através da modelagem dos processos envolvidos nas Rede de atenção Psicossocial. No primeiro experimento, modelamos o processo de atendimento ao paciente no Centro de atenção Psicossocial, onde alocamos 4 indicadores de saúde mental para este processo. O segundo experimento foi a modelagem e avaliação do processo de internação psiquiátrica, realizado através de entrevistas e modelagem do processo de internação do paciente no hospital psiquiátrico, onde isolamos 6 indicadores de saúde mental, incluindo uma análise detalhada dos valores relacionados a estes indicadores para o hospital no período de 2013 a 2017. Conclusão - Os principais achados desta tese apresentam 41 indicadores, organizados de maneira padronizada, no formato estabelecido pela Rede Interagencial de Informação para a Saúde: Definição, Conceituação, Fonte, Método de Cálculo e Categoria; posteriormente, foram distribuídos em cada dimensão da matriz de saúde mental. Ambas, podem ser tomadas como referência para o Brasil como uma matriz de consenso que pode ser oferecida aos gestores como um guia para a avaliação dos serviços de saúde mental com base na experiência de uso dos indicadores. Mesmo com esses resultados, as implicações deste trabalho, notamos que estamos na fase inicial das pesquisas sobre indicadores de saúde mental e sua organização para gestão da rede de atenção, com toda a sua complexidade. Este fato desperta nosso interesse pois antevemos muitas possibilidades de pesquisas com vistas ao seu uso na rede de atenção psicossocial brasileira.