Urbanismo e mobilidade urbana em São Paulo: (des)articulações entre planejamento, projeto e transportes (1968-2016).

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Cruz, Maurício Feijó
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/16/16133/tde-18032021-090558/
Resumo: O Plano Diretor do Município de São Paulo, de 2014, institucionalizou uma relevante mudança no planejamento do uso e ocupação do solo da capital paulista ao criar os Eixos de Estruturação da Transformação Urbana - perímetros junto aos corredores de ônibus, estações de metrô e trem nos quais é permitido e incentivado o adensamento de atividades urbanas. Tal articulação representou uma aproximação relevante da concepção da política de desenvolvimento urbano da capital a uma política de mobilidade urbana que prioriza os transportes coletivos e ativos. Entretanto, o avanço representado pela adoção dessa abordagem de adensamento seletivo vinculado à acessibilidade por transporte público não se configura como ruptura, mas como desdobramento de variados conceitos e métodos de abordagem formulados e revisados historicamente no percurso do planejamento urbano em São Paulo desde os anos 1960. Assim, a pesquisa analisa como evoluíram, histórica e conceitualmente em São Paulo, as ideias e práticas de articulação e desarticulação entre o planejamento urbano e o planejamento de transportes coletivos presentes nos planos urbanos elaborados para a Metrópole de São Paulo desde 1968, que levaram à aproximação dos mesmos verificada no Plano Diretor de 2014. A hipótese apresentada é que a criação dos Eixos de Estruturação da Transformação Urbana pelo Plano Diretor de 2014 é tributária de uma série de articulações e desarticulações das práticas históricas de planejamento urbano e de transportes coletivos em São Paulo, concebida com o objetivo de configurar uma medida de gestão da demanda por transporte.