Avaliação imuno-histoquímica das expressões de LOX, LOXL2 e HIF1A em tumores mamários caninos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Daniel, Jessika
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/74/74135/tde-23022024-085638/
Resumo: Os tumores mamários constituem cerca de 50% das neoplasias em cadelas e mesmo os indicadores prognósticos convencionalmente aceitos, não conseguem prever adequadamente o comportamento clínico destes tumores. Esse fato destaca a necessidade de identificar marcadores prognósticos mais eficazes. As proteínas da família LOX desempenham um papel na progressão do câncer, associando-se à invasão tumoral, metástases e prognósticos desfavoráveis em vários tipos de tumores. HIF1A possui relação com a agressividade, progressão e resistência à terapia do câncer de mama e controla as vias de expressão das Lisil oxidases. Os objetivos dessa pesquisa foram caracterizar a expressão imuno-histoquímica das proteínas LOX, LOXL2 e HIF1A em amostras de neoplasias mamárias de cadelas com o intuito de avaliação prognóstica e investigar os efeitos da hipóxia nas expressões de LOX e HIF1A em linhagens celulares de carcinomas mamários humanos e caninos, bem como seu efeito na migração e proliferação celulares. Foram analisadas 95 amostras de carcinomas mamários de 91 cadelas com acompanhamento clínico mínimo de 180 dias. As amostras de tumores foram submetidas à imuno-histoquímica para detecção de LOX, LOXL2 e HIF1A. As reações foram quantificadas em cinco imagens à objetiva de 40x obtidas em campos aleatórios e em campos de alta marcação. Os resultados foram comparados aos tipos histológicos, mortalidade decorrente da doença e tempo de sobrevida pós-cirúrgica. Para os testes in vitro, foram utilizadas uma linhagem celular de adenocarcinoma mamário humano (MDA-MB-231), uma canina (CIPp), e uma linhagem metastática de carcinoma sólido de cão (CIPm). A hipóxia foi simulada mediante a aplicação de dicloreto de cobalto (CoCl2) e glicose oxidase/catalase. Não foram encontradas diferenças estatisticamente significantes para LOX, LOXL2 e HIF1A entre os grupos histológicos de Alta e Baixa Malignidade, quando comparadas a presença/ausência de marcação em células epiteliais, a porcentagem de células epiteliais marcadas e a intensidade de marcação. Todos os casos analisados no grupo de animais censurados apresentaram marcação para a proteína LOXL2 em células epiteliais, enquanto 33,3% dos casos em que o óbito foi decorrente do tumor foram negativos. Apenas 12,5% dos tumores de Alta Malignidade apresentaram fibroblastos positivos para HIF1A, contra 61,4% dos de Baixa Malignidade (p=0,0180). Nas primeiras 24 horas de hipóxia, apenas a linhagem CIPm não apresentou redução significativa da proliferação e 8 horas após o tratamento, a migração das células tratadas com 100 µM de CoCl2 mostrou um aumento significativo na migração em comparação com o grupo controle. Nossos resultados sugerem que a menor expressão de HIF1A em fibroblastos intratumorais e menor expressão de LOXL2 são indicadores de maior chance de morte em decorrência de carcinomas mamários. A hipóxia induzida por CoCl2 desencadeia redução significativa na proliferação celular inicial e, sob condições hipóxicas, células de linhagens metastáticas aumentam sua atividade migratória.