Uso de compostos betalaínicos na síntese e modulação das características de nanopartículas

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Fernandes, Arthur Bonfá
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/46/46136/tde-02122022-133309/
Resumo: Betalaínas são alcaloides encontrados em plantas e alguns fungos, que apresentam elevada capacidade antioxidante e uma gama de aplicações tecnológicas, incluindo produção e funcionalização de nanomateriais. Embora extratos e produtos contendo betalaínas tenham sido utilizados para síntese de nanopartículas (NPs) metálicas, os estudos sobre o papel das betalaínas neste processo ainda são limitados. Esta tese de doutorado investiga o uso de betalaínas como material de partida para a síntese e funcionalização de diferentes tipos de nanomateriais, estabelecendo relações estrutura-propriedade. Betanina, indicaxantina e ácido betalâmico foram usadas como redutores e estabilizantes para fabricar nanopartículas de ouro e prata e afetam o tamanho, grau de dispersão e morfologia das NPs. As AgNPs obtidas possuem atividade redox, atribuídas à betalaínas e seus produtos de degradação na superfície das NPs. Em seguida, uma betalaína ligada covalentemente a superfície de microesferas de polímero foi usada para fabricar nanopartículas de ouro e prata suportadas, e a presença da betalaína afetou o tamanho e morfologia das NPs. Com essa metodologia foi possível obter também nanopartículas magnéticas de óxido de Ferro (III). A adsorção das NPs na superfície do polímero permitiu o seu uso como nanocatalisadores reutilizáveis e recuperáveis com atividade catalítica em processos redox comparáveis àquelas observadas com as nanopartículas em suspensão. Por fim, betanina, indicaxantina, betaxantina-pirrolidina, ácido betalâmico e BeetBlue foram utilizadas como matéria prima para produção de pontos quânticos de carbono (carbon dots), nanopartículas de carbono fluorescentes e biocompatíveis. Os materiais foram caracterizados e relações entre a estrutura dos precursores e as suas propriedades fotofísicas e de transferência de elétron foram estabelecidas. Os resultados obtidos permitem otimizar a escolha de produtos naturais utilizados como matéria prima na produção de nanopartículas.