Velocidade de ajuste da estrutura de capital e a frequência de aquisições: um estudo com empresas norte-americanas

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2014
Autor(a) principal: Bastos, Douglas Dias
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/12/12139/tde-16072014-154027/
Resumo: As conclusões das pesquisas sobre velocidade de ajustamento da estrutura de capital em direção ao alvo (SOA - Speed Of Adjustment) são muito divergentes quanto à velocidade medida. A maioria dos estudos mensura o SOA sem levar em conta certas especificidades das empresas ou de suas estratégias. Dividindo-se a amostra em empresas não adquirentes, adquirentes eventuais e adquirentes em série, o presente estudo tem por objetivo investigar o padrão de comportamento do SOA no período entre 1990 e 2010 para empresas norte-americanas. Considerando diversas variáveis de controle (restrições financeiras, oportunidades de crescimento, grau de alavancagem financeira e emissão/redução de dívidas e ações), tem-se uma investigação mais aprofundada de como as empresas não adquirentes, adquirentes eventuais e adquirentes em série ajustam sua estrutura de capital em direção ao alvo. São utilizadas como variáveis dependentes o endividamento a valor de mercado e endividamento líquido a valor de mercado. Verificou-se que os endividamentos médios para as três amostras são diferentes entre si, de forma estatisticamente significante. As empresas adquirentes em série possuem o menor endividamento, ao passo que as empresas não adquirentes são as mais endividadas, estando as empresas adquirentes eventuais em posição intermediária quanto ao endividamento. Este resultado sugere que as empresas possuem padrões de endividamentos distintos em função de sua política de investimentos relacionada à aquisições. É utilizado o modelo de ajustamento parcial para mensurar o SOA, empregando painel de dados dinâmico com a técnica do Método dos Momentos Generalizados (GMM) Sistêmico para se medir a velocidade de ajustamento da estrutura de capital de um período a outro. Esta técnica tem-se mostrado a menos enviesada e, assim, tem sido uma das mais utilizadas em trabalhos empíricos. Os resultados encontrados evidenciam que o padrão de comportamento do SOA pode depender da sua estratégia de investimentos em aquisições. O SOA das empresas adquirentes em série é constantemente menor em comparação ao SOA das empresas adquirentes, mesmo considerando as diversas variáveis de controle. O SOA das empresas não adquirentes permanece em posição intermediária. Esses resultados em conjunto sugerem que a folga financeira (baixo nível de endividamento e elevado saldo de caixa) seja um fator relevante para as adquirentes em série. Desse modo, tais empresas ajustam seu endividamento de forma mais lenta, em resposta a uma estrutura de capital mais adequada à sua política de investimentos. Por outro lado, as empresas adquirentes eventuais ajustam mais rapidamente sua estrutura de capital em função de sua política de aquisições esporádicas.