Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2022 |
Autor(a) principal: |
Bem, Rodrigo Vieira Del |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8149/tde-14022023-113852/
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Resumo: |
O presente trabalho pretende estudar o funcionamento da descrição em Machado de Assis, por meio da análise de três contos do autor e de sua obra como critico. Machado atuou como escritor em um momento em que a maneira descritiva mais valorizada era a dita cor local, em que se presumia a exuberância brasileira nas letras de um escritor. Por seu turno, o autor de Dom Casmurro traca descrições de personagens, lugares, situações, emoções, tempos etc. que visam mais do que a valorização da paisagem brasileira. Em sua obra dedicada a cena literária de então, Machado apresenta uma série de argumentos contra a obra de Eca de Queiros, sobretudo quanto a questão da descrição com um fim em si mesma. Percebe-se que, para Machado, a descrição tem funções que vão além de simplesmente tornar visível uma certa matéria narrada. Por exemplo, no conto \"Fulano\", a vida da personagem assume a forma da descrição de seu caráter e visa compor um retrato fúnebre irônico que, ao invés de exaltar a honra de um herói, soma diversas anedotas em que o protagonista aparece fazendo ou dizendo algo que insinua seu amor ao prestígio invariavelmente. Já em \"As bodas de Luiz Duarte\", outro conto contemplado por essa dissertação, o autor traca um panorama da sociedade burguesa durante a celebração de um casamento. Apresentam-se uma diversidade de tipos, graves, bajuladores, glutões, sentimentais etc. Todos esses tipos são descritos de modo que suas feições e gestos servem para demonstrar como e a psicologia de cada um, como se vê, por exemplo, em La Bruyere, expoente do retrato de caráter no seculo XVII e interprete da sociedade francesa. Tentou-se avaliar como a descrição machadiana se articula em relação as figuras de retórica diacronicamente relacionadas a visão, como a écfrase e os ensinamentos de Barthes sobre os aspectos conotativos e denotativos da linguagem que visa o visual |