As relações entre padrões de consumo e a vivência do tédio em crianças

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2013
Autor(a) principal: Kunsch, Clarice Krohling
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/47/47131/tde-24052013-152307/
Resumo: Crianças são seres em pleno desenvolvimento físico, intelectual, afetivo e moral. Envolvem-se em brincadeiras com alegria, entusiasmo e curiosidade. Porém, tem sido cada vez mais possível encontrar crianças com sinais de apatia, de desinteresse e de pouco envolvimento em atividades típicas da infância. A partir do reconhecimento de traços da pós-modernidade, como a fragmentação do tempo, a velocidade da evolução das tecnologias, o excesso de informação, o distanciamento de si mesmo, o desencontro das pessoas e a vida voltada para o consumo, é possível destacar o fenômeno do tédio como característica da nossa cultura atual. Ele está relacionado com a ausência de significado, a falta de projetos de vida e a dificuldade em lidar com o vazio diante da necessidade de estar sempre em movimento num mundo tão acelerado. Neste trabalho, procurou-se entender quais seriam as possíveis relações entre o consumo e a vivência do tédio infantil. Para tanto, verificou-se de que maneira se compõe a rotina extraescolar de crianças oriundas de famílias de alto poder aquisitivo de uma mesma escola particular internacional e bilíngue da cidade de São Paulo. As agendas dessas crianças estão ocupadas por inúmeras atividades que visam a um futuro promissor, os equipamentos eletrônicos estão mais acessíveis e ficam ligados por mais tempo e os adultos são cada vez mais controladores e superprotetores. O resultado é a falta de autonomia e a falta de sentido na própria vida. Neste cenário, o tédio se impõe