"Variações espaciais e sazonais na composição e estrutura da comunidade macrobêntica na Plataforma Continental e Talude Superior de Cabo Frio, Rio de Janeiro, Brasil"

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2006
Autor(a) principal: Gomes, Melina Franchini
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/21/21131/tde-17102006-132042/
Resumo: O presente trabalho tem como objetivo geral o estudo da composição e estrutura da macrofauna bêntica em escala espacial e sazonal, da região de Cabo Frio (RJ). O aspecto temporal nessa área é especialmente importante devido a ocorrência do fenômeno sazonal da ressurgência costeira. Esse ocorre devido alguns fatores físicos característicos da área, tais como mudanças na topografia e na direção da costa, e principalmente, em decorrência das condições meteorológicas atuantes no local. A interação desses fatores favorece, principalmente no verão, o ressurgimento próximo à costa da Água Central do Atlântico Sul (ACAS), uma massa de água fria e rica em nutrientes. Essa massa de água disponibiliza grande quantidade de nutrientes para o fitoplâncton das camadas superficiais, ocasionando uma elevada produção primária nova. Parte dessa produção é exportada para o fundo incrementando a biomassa bêntica. Assim, a comunidade bêntica assume um papel vital no ecossistema, sendo tanto receptora como fornecedora de energia. Os descritores de comunidade (densidade, biomassa, riqueza, diversidade e equitatividade) e a identificação dos grupos tróficos de Polychaeta foram analisados entre 40 e 1000m de profundidade e em três épocas do ano, inverno de 2001 e verão e primavera de 2002. A integração dos dados biológicos com os ambientais mostrou que as variações espaciais na estrutura e composição dos organismos foi relacionada à profundidade e ao tipo de sedimento verificado nas estações. A estrutura da comunidade também apresentou variações temporais, especialmente nas estações situadas na plataforma continental, respondendo à entrada de matéria orgânica decorrente do evento de ressurgência.