Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2012 |
Autor(a) principal: |
Sussel, Fábio Rosa |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/74/74131/tde-18032013-133242/
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Resumo: |
Este trabalho teve como por objetivo desenvolver dietas nutricionalmente adequadas e financeiramente viáveis para o lambari, além de analisar economicamente a viabilidade de produção desta espécie no sistema de tanques-rede como alternativa de renda ao pescador artesanal. Previamente, foram realizados dois ensaios, os quais tiveram por finalidade determinar a densidade de estocagem adequada para lambaris em tanques-rede, bem como ajustar o manejo experimental (sistema de contagem e povoamento, tempo de exposição a anestésicos, dinâmica das biometrias, etc.). Os experimentos foram realizados no verão, entre os meses de janeiro e abril , na UPD de Pirassununga - APTA Polo Centro Leste, em 20 tanques-rede de 1 m3 alocados em tanque escavado de 1,5 m de profundidade, área de 180 m2, renovação de água de 10% ao dia e densidade de povoamento de 450 peixes/m3. No primeiro experimento, que teve início em 16/02/2011 e duração de 63 dias, avaliou-se a substituição da proteína de origem animal por proteína de origem vegetal nas dietas sobre o desempenho produtivo dos lambaris. Embora a substituição de 100% das fontes proteicas de origem animal por vegetal tenha afetado negativamente o ganho em biomassa [Biomassa (g) = 2945g - 2,2 POV], em termos práticos, este resultado é considerado de pouca relevância, já que 220g em 2945g não representam mais que 7% de ganho em peso. O aumento do custo de fórmula em dietas com base proteica de origem animal não justifica a diferença observada. Quanto à composição corporal dos peixes observou-se que houve influência dos tratamentos, sendo que dietas contendo inclusões de 50, 75 e 100% de ingredientes proteicos de origem vegetal proporcionaram maior deposição de extrato etéreo nos peixes. No segundo experimento, com início em 12/01/2012 e término em 12/03/2012, avaliou-se a relação entre níveis de proteína bruta (26 e 36%) e qualidade de ingredientes (basal ou premium) na alimentação e desempenho produtivo do lambari. Não foram observadas diferenças de desempenho produtivo entre os níveis proteicos utilizados, sugerindo que níveis de 26% de proteína bruta podem ser usados para o lambari; no entanto, a escolha de matérias-primas de qualidade é recomendada, já que estas influenciaram no desempenho. Os tratamentos deste experimento não influenciaram na composição corporal dos peixes. As análises bromatológicas de ambas as rações experimentais apresentaram valores condizentes com os propostos na formulação e, portanto, não interferindo no propósito da pesquisa. Complementando os estudos e utilizando os resultados de desempenho produtivo obtidos, realizou-se análise econômica a partir das dietas utilizadas no segundo experimento através do sistema de Partial Budget Analysis in Aquaculture, bem como a projeção de cultivo do lambari em módulos de um a quatro tanques-rede, seguida de análise da viabilidade econômica sob dois cenários de comercialização: R$ 0,30 e 0,20 por unidade. Observou-se que o melhor custo/benefício foi proporcionado pelos peixes alimentados com ração contendo 26% de PB e ingredientes premium, enquanto que a produção de lambaris no sistema de tanques-rede mostrou-se viável, quando comparado com as receitas obtidas por pescadores artesanais, a partir do cultivo em duas unidades de produção (TR), desde que sejam comercializados ao valor de R$ 0,30 por peixe. |