Aplicação das técnicas de cultura de embrião e diversidade gamética na hibridação interespecífica no gênero Cucurbita

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 1986
Autor(a) principal: Raulindo Gardingo, Jose
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11137/tde-20220207-220031/
Resumo: Tendo em vista fatores limitantes das espécies cultivadas de Cucurbita como hábito de crescimento rasteiro e susceptibilidade às doenças, decidiu-se por cruzar espécies portadoras de genes de resistência a doenças, com espécies portadoras de gene moita. O trabalho consistiu em criar populações segregantes F1RC1 e F2 quando possível, para trabalhos de melhoramento ou de genética básica. Sabe-se que é comum C. pepo apresentar o caráter moita, sendo este menos comum nas demais espécies cultivadas C. maxima e C. moschata. As espécies selvagens C. okeechobeensis, C. lundelliana e C. ecuadorensis, são resistentes ao oídio, mildio, vírus do mosaico do pepino (CMV) e vírus do mosaico da melancia (WMV). No entanto, são rasteiras, com frutos de polpa dura e amarga, impróprios ao consumo humano. Assim, decidiu-se por fazer os cruzamentos das 6 espécies entre si, ou via cruzamento em ponte. Tomou-se os dados de produção de frutos e qualidade da semente destes híbridos interespecíficos. Aumentou-se a eficiência do trabalho empregando-se como medidas auxiliares: a. A técnica de diversidade gamética, que consiste no cruzamento intervarietal antes de se proceder ao interespecífico; b. A técnica do cruzamento em ponte para situações em que as duas espécies são incompatíveis em termos de frutificação, que consiste do cruzamento com uma terceira espécie compatível com ambas; c. Quando se originavam embriões rudimentares, da técnica de cultura de embrião, em que o meio faz o papel do endosperma, dando sustentáculo ao embrião até surgir plântulas autotróficas. O cruzamento de C. pepo x C. moschata, apresentou alto pegamento de fruto e produção de sementes normais. Isto se deve ao faio de utilizar a Cv. Pira Moita (C. moschata) e gerações antecendentes que possuem citoplasma e genes de C. pepo. A maioria dos híbridos interespecíficos foram ginomonóicos, apresentando fertilidade do pólem. As plantas híbridas F1 foram bem caracterizadas por marcadores genéticos bem definidos de natureza taxonômica, tais como tipo de folhas, espinhos na haste das folhas e do fruto. Cruzamentos de variedades moita das espécies cultivadas, produziram progênie F1 com fenótipo de hábito de crescimento moita. Os resultados permitiram as seguintes conclusões: 1. A compatibilidade em termos de pegamento de fruto (%) dos cruzamentos interespecíficos no gênero Cucurbita, segue uma proporcional idade na seguinte ordem, de alta para baixo pegamento de fruto: C. moschata x C. lundelliana 82,14; C. moschata x C. okeechobeensis 81,97; C. maxima x C. okeechobeensis 80,56; C. maxima x C. ecuadorensis 80,00; C. maxima x C. lundelliana 80,00; C. moschata x C. maxima 62,12; C. maxima x C. pepo 57,32; C. pepo x C. moschata 55,96; C. pepo x C. okeechobeensis 32,16; 2. Há indicações de que a aplicações das técnicas de diversidade gamética, cruzamento em ponte e cultura de embrião, possibilitaram superar as incompatibilidades interespecíficas nas combinações dos cruzamentos: C. pepo x C. moschata, C. maxima x C. pepo, C. pepo x C. okeechobensis, <i.C. moschata x C. ecuadorensis; 3. Obtiveram-se populações segregantes na geração F2 e/ou primeiro retrocruzamento para progenitor cultivado, envolvendo espécies selvagens com C. pepo, C. moschata e C. maxima, segregando para hábito de crescimento moita, para o emprego em programas de melhoramento visando incorporação de resistência a doenças.