Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
Vieira, Viviane Alves |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8136/tde-17062019-122733/
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Resumo: |
Essa pesquisa tem a finalidade de analisar o atual processo de mobilização e crise do trabalho no distrito de Moatize, em Moçambique, a partir da mineração e seus conflitos consequentes dessa atividade. Para isso retomamos a formação da relação capital-trabalho para compreendermos os aspectos da crise dessa relação. O processo de modernização das forças produtivas provocou uma mudança histórica no setor e, em Moçambique, é possível de ser narrada por duas gerações de trabalhadores que acompanharam a produção de carvão mineral. Baseamo-nos em estudos, dados do distrito e relatos de moradores, principalmente de dois reassentamentos: Cateme e 25 de setembro, provocados pela expansão das atividades da mineradora Vale S/A para Moçambique. Nesses reassentamentos muitos dos moradores narraram o processo de mobilização para o trabalho no período colonial e pós colonial, cuja extração do carvão mineral no distrito era feita em galerias subterrâneas. A mudança na técnica de exploração levou à extração à céu aberto o que colocou o conflito pela remoção das pessoas que viviam na área em que o Estado concedeu à multinacional. A extração do carvão avança rapidamente a área de exploração e consequentemente acentuou o processo de expropriação em Moçambique com a perda das áreas para a produção de alimentos. Contraditoriamente, o processo requer menos trabalho humano e coloca limitações para a força de trabalho que deve ser especializada, provocando um desemprego estrutural ou ainda os supérfluos ao sistema, nesse caso os próprios moradores dos reassentamentos. O limite da relação pode ser pensado ainda pela totalidade do processo de acumulação capitalista em que o aumento nos níveis de produtividade se faz necessário pela concorrência no setor e ao mesmo tempo coloca a necessidade de aumento de consumo da mercadoria, pois para realizar o valor, a mercadoria precisa ser comprada. No entanto, o próprio mercado mostra ter um limite. |