Formação continuada de professores para o atendimento educacional especializado: desafios e perspectivas

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2010
Autor(a) principal: Queiroz Junior, Edison de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/48/48134/tde-16092010-140724/
Resumo: Os sistemas de ensino brasileiros, a partir das diretrizes nacionais para a educação inclusiva, viram-se frente à tarefa de se organizarem de modo a não apenas receber, mas atender, em suas necessidades, a todos os alunos matriculados em suas escolas. Entre outras ações, as diretrizes nacionais para a educação especial na educação básica, estabelecidas pelo Ministério da Educação, prevêem o atendimento educacional especializado, oferecido preferencialmente na rede regular de ensino. Para a realização desse atendimento, a Resolução CNE/CEB nº 2/2001, propõe a atuação de professores especializados em educação especial. O presente estudo objetivou identificar as necessidades formativas apontadas por professores especializados em deficiência intelectual, atuando na rede municipal de ensino de São Bernardo do Campo, em São Paulo, bem como analisar as propostas de formação continuada desenvolvidas pela Secretaria Municipal de Educação de São Bernardo do Campo, entre os anos de 2005 e 2009, destinadas à formação desses professores. Para o desenvolvimento da pesquisa optamos por desenvolver uma investigação de campo, com abordagem qualitativa, utilizando como procedimentos para coleta de dados entrevistas semidirigidas com dez professores que atuam no atendimento educacional especializado para alunos com deficiência intelectual no município, além de documentos oficiais produzidos pela SMESBC relativos a ações formativas destinadas a esses professores. Para o estudo dos dados, além das referências teóricas, utilizamos a análise de conteúdo. Ao concluir o estudo, consideramos que os professores apontam diferentes necessidades formativas, relacionadas tanto às questões não contempladas em sua formação inicial quanto às mudanças no contexto educacional, mais especificamente aquelas propostas pela Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva de 2008. As propostas desenvolvidas pela Secretaria de Educação ao longo dos cinco anos pesquisados, por diferentes razões, não se configuraram numa linha formativa que auxiliasse os professores na organização e estruturação do serviço no município. Os diferentes direcionamentos adotados pelas ações formativas oferecidas contribuíram significativamente para que não houvesse, por parte dos professores, uma coerência em relação às necessidades formativas apontadas.