Análise de um programa de formação continuada de professores do atendimento educacional especializado em orientação e mobilidade

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Orbolato, Loiane Maria Zengo [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/244513
Resumo: Objetivou-se analisar, por meio de três estudos, um programa de formação continuada elaborado para professores do Atendimento Educacional Especializado visando o ensino, o treinamento e a avaliação das técnicas básicas de Orientação e Mobilidade nos ambientes escolares. O Estudo 1, de caráter metodológico, teve como objetivo validar protocolos de avaliação de técnicas básicas de Orientação e Mobilidade elaborados em pesquisa anterior. Contou com duas etapas. Na primeira, os protocolos foram aplicados a uma adolescente com cegueira e uma professora. Na segunda, foi realizada uma análise dos protocolos por cinco profissionais experts. A análise qualitativa indicou a necessidade de adequação dos protocolos nos seguintes aspectos: 1) considerar a individualidade da pessoa; 2) não padronização do movimento; 3) adaptação do movimento; 4) mudança na nomenclatura de comportamentos; 5) mudança na nomenclatura da categoria; 6) mudança na nomenclatura de técnicas; 7) inclusão de novos comportamentos; 8) inclusão de nova técnica; 9) mudança na sequência dos comportamentos; 10) exclusão de técnicas; 11) exclusão de comportamentos; e, 12) necessidade considerar a ação do guia. Conclui-se que a composição final do protocolo incorporou várias técnicas e instrumentos de avaliação encontrados na literatura, garantiu um protocolo sistematizado e atualizado para ser usado no treinamento e avaliação das técnicas básicas de Orientação de Mobilidade nos ambientes escolares. O Estudo 2, com caráter de intervenção, teve como objetivo avaliar um curso de formação teórica à distância em Orientação e Mobilidade para cinco professores do Atendimento Educacional Especializado. A formação, na modalidade a distância, teve como base os protocolos que foram validados no Estudo 1 e foi composta por videoaulas, formulários de avaliação e encontros síncronos. A análise dos dados foi qualitativa e quantitativa. Conclui-se que a formação se mostrou satisfatória em relação à aprendizagem das técnicas de locomoção propostas na medida em que permitiu que as professoras avaliassem a sua prática e atualizassem a forma de ensinar baseado nos conhecimentos obtidos. O Estudo 3 caracterizou-se como uma pesquisa de intervenção e teve como objetivo avaliar um curso de formação prática em Orientação e Mobilidade na modalidade à distância para professores do Atendimento Educacional Especializado. Uma professora e um aluno com cegueira participaram deste estudo. A formação, que também teve como base os protocolos que foram validados no Estudo 1, ocorreu na escola onde a professora atuava e o aluno estava matriculado. Os procedimentos utilizados para a formação prática da professora foram divididos em seis etapas: 1) planejamento; 2) avaliação inicial; 3) análise da avaliação inicial; 4) feedback inicial; 5) intervenções e avaliações processuais; e, 6) feedbacks processuais. A análise dos dados foi qualitativa e quantitativa. Os resultados identificaram três situações distintas: 1) a diminuição da frequência da realização incorreta dos comportamentos após o início das intervenções; 2) o aumento da frequência da realização correta dos comportamentos após o início das intervenções; e, 3) o alcance da pontuação máxima. Conclui-se que uma formação prática à distância, supervisionada com foco no ensino, treinamento e avaliação das técnicas básicas de Orientação e Mobilidade em ambientes escolares, pôde surtir efeito favorável na prática do professor do Atendimento Educacional Especializado e, consequentemente, na conquista da locomoção independente, com foco na segurança de alunos com cegueira nos ambientes escolares.