A curvatura das retas e a linearidade das curvas: um estudo comparado entre João Cabral, Piet Mondrian e Joan Miró

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Oliveira, Fábio José Santos de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8151/tde-22122015-102347/
Resumo: Nossa pesquisa tem por enfoque o estudo da poética de João Cabral de Melo Neto (1920- 1999) comparativamente a obras dos pintores Piet Mondrian (1872-1944) e Joan Miró (1893- 1983). Tentamos entender, através do perfil criador dos dois pintores e também daquilo que o poeta destacava esteticamente neles, o quanto tais preceitos estéticos são literariamente discutidos na obra cabralina e o quanto (e como) eles caracterizariam ou não a poética desse escritor pernambucano. Para tanto, escolhemos a fase inicial do poeta, dando preferência aos livros Psicologia da Composição e Uma faca só lâmina. Com o estudo dessas obras e daquilo que de forma esparsa está presente também em outros livros, alcançamos, por exemplo e grosso modo, que a poesia de João Cabral, destacadamente arquitetada no amparo do objeto (num perfil de depuração), apresenta ainda com relevo o trabalho com a imagem (num perfil de reconfiguração). No primeiro caso, enxergamos uma proximidade à estética de Mondrian; no segundo, à de Joan Miró. Por fim, verificamos como a poesia de Cabral, aparentemente apenas rígida, é destacada também por certas dinâmicas que lhe rompem a rigidez.