Composição quí­mica e morfologia das ceras cuticulares foliares de diferentes espécies de Simaba Aubl. sensu stricto e Homalolepis Turcz. (Simaroubaceae)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Roma, Lucas Paradizo
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/41/41132/tde-22102018-142737/
Resumo: Recentemente houve a divisão de Simaba sensu lato em Simaba sensu stricto e Homalolepis (Simaroubaceae), dois gêneros Sul-Americanos que estão presentes em diferentes domínios morfoclimáticos e biomas. Apesar de suas filogenias estarem quase que totalmente esclarecidas, algumas espécies ainda necessitam de atenção. Em alguns estudos, as ceras cuticulares mostraram-se úteis na resolução de algumas filogenias. Há décadas, diferentes espécies de Simaroubaceae vêm sendo estudadas devido à presença de substâncias amargas com grande atividade biológica. Entretanto, não há estudos na família voltados a caracterização química e morfológica das ceras cuticulares. Deste modo, este trabalho analisou a composição química e morfologia das ceras cuticulares foliares de 119 indivíduos pertencentes a 20 espécies de Homalolepis, quatro de Simaba s.s. e três de grupos próximos. As ceras foram extraídas em diclorometano e analisadas através de cromatografia a gás acoplada a espectrometria de massas. O estudo da morfologia das ceras epicuticulares foi realizado através de microscopia eletrônica de varredura. Foram identificadas 71 substâncias nas ceras, pertencendo principalmente à classe dos ácidos graxos, alcanos, álcoois primários, esteroides e tocoferóis. As classes mais abundantes encontradas nas ceras foram os ácidos graxos e alcanos, sendo que a primeira estava presente em maior quantidade nas espécies de Homalolepis e a segunda nas de Simaba s.s. Esta diferença de proporção permitiu a diferenciação destes dois gêneros. Entretanto, qualitativamente, as ceras das diferentes espécies estudadas mostraram-se bastante semelhantes, assim como sua caracterização morfológica, não sendo possível a distinção dos indivíduos em nível de espécie. A partir das análises das ceras em relação aos domínios morfoclimáticos, observou-se que os indivíduos coletados nos domínios Atlântico e Amazônico apresentaram teores menores que os coletados no Cerrado. Entretanto, não foi possível, de maneira geral, o estabelecimento da relação das classes de substâncias das ceras com os domínios de coleta, exceto aquelas coletadas no domínio Amazônico que apresentaram maior proporção de alcanos em relação às outras classes