Sobre a elaboração de uma ciência das paixões em Descartes, Hobbes e Espinosa

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Jesus, Paula Bettani Mendes de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8133/tde-06112015-152933/
Resumo: A presente dissertação tem dois objetivos que se entrecruzam. De um lado pretendemos analisar a maneira pela qual as paixões humanas foram compreendidas por Descartes, Hobbes e Espinosa. Pois em oposição a tradicional concepção segundo a qual a dimensão afetiva do homem, isto é, suas paixões são vícios e distúrbios da natureza, portanto, opostas à razão e à virtude, os três filósofos defendem o seu caráter natural. Em outras palavras, as paixões são intrínsecas ao homem, têm causas necessárias e determinadas, e não podem ser suprimidas de sua natureza, pois fazem parte da sua condição de ser no mundo. No entanto, pela força que exercem sobre o homem e suas ações devem ser conhecidas. A partir desse primeiro objetivo, e de maneira concomitante, pretendemos demarcar a singularidade do pensamento de Espinosa com relação ao de Descartes e Hobbes, pois se é certo que, como eles, Espinosa defende a naturalidade das paixões, é certo, na mesma medida, que assume um pensamento bastante singular, sobretudo ao operar com os conceitos de ação e paixão para explicar a relação que há entre mente e corpo: estes são ativos ou passivos juntos, o corpo não atua contra a mente, nem a mente contra o corpo. Isso evidencia sua ruptura não apenas com a tradição, mas também com seus contemporâneos.