Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2017 |
Autor(a) principal: |
Silva, Patricia Köster e |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/41/41134/tde-17082017-132926/
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Resumo: |
A crise de extinções antropogênicas é um problema planetário que erode a biodiversidade a taxas muito superiores àquelas registradas pelos eventos geológicos de extinção. Essa grande perda de espécies pode desencadear a sexta onda de extinções em massa, ocasionando um empobrecimento na evolução mundial e comprometer os processos de especiação. Nas últimas décadas surgiram muitas iniciativas de conservação que atuam em diferentes esferas para proteger a biodiversidade mundial. No entanto, locais insubstituíveis onde ocorrem espécies microendêmicas ameaçadas de extinção deve ser a prioridade em medidas de conservação, pois representam a \"ponta do iceberg\" na crise das extinções. Fatores de ameaça contribuem na vulnerabilidade das espécies microendêmicas, intensificando seu risco de extinção. A Cadeia do Espinhaço em Minas Gerais, inserida no bioma Cerrado, é reconhecidamente uma região de microendemismos da flora e está sujeita a muitos fatores de ameaça como a mineração, a agropecuária e o extrativismo. A identificação das áreas mais vulneráveis às ameaças, bem como, a identificação dos sítios prioritários, onde ocorrem espécies de único refúgio, pode evidenciar a necessidade de conservação de uma região única com biodiversidade exclusiva. Portanto, os objetivos gerais deste estudo são: identificar as espécies-alvo da flora e mapear seus sítios prioritários, avaliar o estado de conservação da Cadeia do Espinhaço em Minas Gerais, identificar as principais ameaças e sua vulnerabilidade e testar a eficiência dos sítios prioritários das espécies microendêmicas típicas como indicadores de espécies ameaçadas. Para isto, foram utilizadas bases cartográficas e imagens de satélite processadas em Sistema de Informação Geográfica, informações de herbários e coordenadas para caracterizar a distribuição das espécies e a aplicabilidade da metodologia da Aliança para Extinção Zero (AZE), identificando os sítios prioritários para conservação. Foram identificadas as principais ameaças que ocorrem nos sítios por meio da análise de uso e ocupação das terras, revisão sistemática da literatura e levantamento das ameaças que afetam diretamente as espécies para calcular os índices de vulnerabilidade dos sítios mapeados. Com isto, foram identificadas 22 espécies-alvo distribuídas em sete sítios prioritários no Espinhaço mineiro, cujas principais ameaças são mineração, agropecuária, queimadas, extrativismo, visitação predatória e expansão urbana. Os resultados monstraram ainda que as ameaças secundárias são muito importantes na região, tornando os sítios de Serra do Cipó, Diamantina e Águas Vertentes os mais vulneráveis a essas perturbações. Os sítios prioritários representam cerca de 83% das espécies ameaçadas no Espinhaço mineiro possibilitando, ações em conservação eficazes nestas áreas. O Brasil é o primeiro País a mapear sítios prioritários para espécies-alvo típicas da flora e testar o estado de conservação destas áreas, revelando quais locais são mais vulneráveis e que necessitam de ações de conservação urgentes |