Conexões léxico-culturais sobre as minas goianas setecentistas no Livro para servir no registro do caminho novo de Parati 

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2012
Autor(a) principal: Xavier, Vanessa Regina Duarte
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8142/tde-29082012-100504/
Resumo: Esta tese tem como propósito ratificar que o estudo lexical de manuscritos pertencentes ao códice intitulado Livro para servir no registro do caminho novo de Parati Thomé Ignácio da Costa Mascarenhas (1724-1762) muito revela a respeito da formação sociocultural da então recém-criada Capitania de Goiás, durante o ciclo do ouro. Para tanto, realizou-se a edição semidiplomática de noventa e dois documentos escritos de 1751 a 1753 em Vila Boa de Goiás, uma vez que estes abordam aspectos variados da administração, economia, política, religião, cultura, assim como da estrutura jurídica e militar local. Conferiu-se rigor à aplicação dos critérios de edição, com vistas a assegurar a sua fidedignidade e, consequentemente, de toda a pesquisa. Foram inventariados os substantivos, adjetivos e verbos para a elaboração de um Índice de Frequência e de Ocorrências dos Itens Lexicais, à luz do produzido por Ferreira et al. (2005), a fim de se obter o vocabulário empregado no corpus e de mapear os principais assuntos abordados, correlacionando-os com a frequência de uso das lexias. Procedeu-se, então, à estruturação e análise dos campos lexicais mais representativos das temáticas do corpus, com base em aspectos histórico-sociais da Capitania goiana, tendo em vista que o léxico é o nível da língua que mais se conecta ao universo extralinguístico (BIDERMAN, 1981; SAPIR, 1961). A composição dos campos lexicais baseou-se nos princípios da semântica estrutural, especificamente em teóricos como Coseriu (1977), Geckeler (1976) e Vilela (1979), levando em conta as relações semânticas entre os itens lexicais e os arquilexemas dos campos, mais especificamente, a sinonímia, a antonímia, a meronímia e a hiponímia, identificando-se também os casos de homonímia e de polissemia. Os resultados dessa pesquisa apontam que o estudo dos campos lexicais a partir das associações semânticas entre seus membros não pode prescindir da consideração do universo discursivo, bem como do contexto sociocultural no qual se fundamentam, haja vista que os significados resultam do processamento cognitivo das experiências físicas, biológicas e sociais.