\"Influência da fluorose dental na resistência de união de sistemas adesivos ao esmalte: análise em microscopia eletrônica de varredura e teste de microtração\"

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2006
Autor(a) principal: Peixoto, Luciana Faria Sanglard
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/23/23132/tde-15032007-101522/
Resumo: Objetivou-se observar a influência da fluorose dental nas características do padrão de condicionamento ácido e na penetração de sistemas adesivos no esmalte, por microscopia eletrônica de varredura (MEV) e na resistência de união de sistemas adesivos ao esmalte, por teste de microtração. Para tal, 196 dentes permanentes posteriores foram classificados seguindo o Índice Thylstrup e Fejerskov (TF= 0, 1 e 4), sendo selecionados 69 deles. Adesivos de 2 passos, um autocondicionante, Clearfil SE Bond®, e um de condicionamento ácido total, Adper Single Bond 2® foram usados. Para análise em MEV do padrão de condicionamento e das réplicas de resina, 27 pré-molares foram seccionados no sentido mesiodistal e divididos em 9 grupos (n=3). As superfícies vestibulares foram selecionadas e seccionadas no sentido longitudinal, sendo metade para cada análise. Os espécimes pertencentes ao grupo do ácido fosfórico foram condicionados com tempos de 15 ou 60 segundos, lavados com ar/água por 20 segundos e secos. Os espécimes do grupo Clearfil SE Bond® receberam aplicação do primer do material, e em seguida, tratamento para removê-lo. Para obter as réplicas de resina, as superfícies foram delimitadas (2x2mm) com fita isolante, tratadas com cada adesivo, e submetidas à construção de bloco de resina (Filtek Z250TM ? 3M do Brasil) com 2 mm de altura. Esses espécimes foram imersos em HCl a 18% por 48h e lavados com água destilada em ultra-som por 15 minutos. O teste de microtração foi realizado na superfície vestibular intacta de 42 terceiros molares divididos em 7 grupos e subdivididos de acordo com grau de fluorose e com sistemas adesivos sendo que no grupo TF4 foram usados dois tempos condicionamento (15 e 60 segundos). Após profilaxia com pedra-pomes, lavagem e secagem, procedeu-se à aplicação dos sistemas adesivos. e construção de bloco de resina composta Filtek Z250TM (3M ESPE) de 5x5x5mm sobre a superfície tratada. Após 24h, os blocos foram seccionados no sentido X e Y perpendiculares à interface de união, obtendo-se palitos com área aproximada de 1mm2. Os palitos foram submetidos às forças de tração à velocidade de 1mm/min e os valores obtidos à Análise de Variância (p<0,05). As superfícies condicionadas, as réplicas e palitos fraturados foram processados para análise em MEV. Houve diferença estatística significativa entre os adesivos (p = 0,008), sendo que o Single Bond 2® apresentou os maiores valores de resistência de união. A severidade da fluorose não influenciou nos valores de resistência de união, no padrão de condicionamento ou na formação de tags de resina. O aumento do tempo de condicionamento, testado em TF4 influenciou na resistência de união, mostrando menores valores em 60 segundos. Concluiu-se que o adesivo de condicionamento ácido total mostrou-se melhor que o autocondicionante em termos de resistência de união, padrão de condicionamento e penetração de sistemas adesivos, independentemente do grau de fluorose. O aumento do tempo de condicionamento na fluorose mais severa (TF4) prejudicou a resistência de união.