Possíveis conexões entre hipertensão e hipercolesterolemia, em relação à aterosclerose vias de inativação do óxido nítrico e oxidação das lipoproteínas

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2001
Autor(a) principal: Moriel, Patricia
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/9/9136/tde-20032024-165420/
Resumo: A disfunção endotelial tem um importante papel na patogênese de doenças cardiovasculares. Tem sido sugerido que o colesterol plasmático, particularmente o que esta associado à LDL, é um dos principais fatores de risco para a aterosclerose. Contudo, a oxidação da LDL é um evento crucial na patogênese da aterosclerose. Além disso, a redução da biodisponibilidade do óxido nítrico (•NO) tem sido relacionada à disfunção endotelial presente na aterosclerose. A redução da bioatividade do •NO na hipercolesterolemia, na hipertensão e em outras desordens metabólicas associadas com a aterogênese parece ser multifatorial. Contudo, as alterações da produção/biodisponibilidade do •NO na hipercolesterolemia e na hipertensão é ainda controverso. A proposta deste estudo foi examinar as relações entre a peroxidação lipídica, os antioxidantes, a biodisponibilidade do óxido nítrico e o relaxamento vascular dependente do endotélio (RDE) em pacientes hipercolesterolêmicos normotensos (HC) (n = 18), hipertensos normocolesterolêmicos (H) (n = 11) e normotensos normolipidêrnicos (N) (n = 11). As concentrações de ascorbato, urato, α-tocoferol, licopeno, β-caroteno e dos hidroxi/hidroperóxidos lipídicos foram determinadas por HPLC. As concentrações de paraoxonase, isoprostanos e endotelina foram determinadas por ELISA A cinética de oxidação da LDL, induzida pelo Cu2+ foi monitorada pela formação de dienos conjugados. Os óxidos de colesterol foram determinados por cromatografia gasosa. O RDE foi determinado por ultrassonografía modo B, em relação à diferença de diâmetro da artéria braquial no basal e após hiperemia reativa. As concentrações plasmáticas de nitrito, nitrato e S-nitrosotióis foram determinadas por quimioluminescência, gerada pela reação do •NO com ozônio, no analisador de •NO (NOA280, Sievers, Corp.). A nitrotirosina do plasma e da LDL foi determinada através do método de ELISA competitivo, utilizando-se quirnioluminescência e um anticorpo policlonal anti-nitrotirosina. O ascorbato, os antioxidantes lipossolúveis, o Iag time e o RDE foram menores nos pacientes H e HC quando comparados aos N. As concentrações de hidroxi/hidroperóxidos lipídicos e de endotelina foram maiores na hipertensão e na hipercolesterolemia. As concentrações de nitrato, S-nitrosotióis, colesterol total, LDL-colesterol apo B e de nitrotirosina da LDL foram maiores na hipercolesterolemia. O LDL-colesterol correlacionou-se negativamente com o RDE. Portanto, tanto na hipertensão como na hipercolesterolemia., as concentrações de lipoproteínas oxidadas, os antioxidantes, a biodisponibilidade do •NO e a concentração de endotelina podem estar influenciando na alteração da função endotelial e do relaxamento vascular dependente do endotélio, o que seria relevante para o desenvolvimento da aterosclerose.