A consciência da subalternidade: trajetória da personagem Rami em Niketche de Paulina Chiziane

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2010
Autor(a) principal: Robert, Badou Koffi
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8156/tde-08022011-100027/
Resumo: O nosso projeto de Mestrado em Estudos Comparados de Literaturas de Língua Portuguesa, com ênfase na literatura moçambicana, surgiu de uma constatação do quotidiano de mulheres africanas em geral. Decidimos trabalhar, no caso da nossa dissertação, a questão da trajetória da personagem Rami no romance Niketche: uma história de poligamia, para encarar o feminismo fora das bandeiras ocidentais tal como o conhecemos e dar ao termo uma conotação africana, destacando de fato certa singularidade na(s) ideologia(s) feminista(s): a consciência da subalternidade. Esta singularidade naquela(s) ideologia(s) vem se afastando da política que radicaliza o debate e o orienta na direção da negação do homem. O nosso crescente interesse pela escrita feminina nasceu do fato de, em quase todos os romances africanos, de autoria feminina, lidos, termos descoberto uma certa convergência na abordagem relativa à questão do estatuto das mulheres dentro das sociedades africanas. Neste contexto, a autora Paulina Chiziane, de Moçambique, evidencia bem, com o seu romance Niketche, uma história de poligamia, esse questionamento ao estatuto das mulheres, construindo personagens que vão, no decorrer da narrativa, realçar o contexto ideológico do feminismo africano. Três críticos nos ajudarão, com suas reflexões, para a aproximação da trajetória da personagem com a ideologia feminista africana. São eles: Pierrette Herzberger-Fofana (2000) para a questão do feminismo africano, Antonio Candido (1963) e Roland Bourneuf (1976) para tratar das personagens.