Mulheres: prostituição e cuidados

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Santos, Thainá Buono Paulino dos
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/108/108131/tde-14082018-105627/
Resumo: O presente estudo teve como tema a saúde sexual da mulher. O objetivo desse estudo foi saber o que é e como se dá o cuidado para mulheres que são prostitutas. Quis lidar com esta população, considerando que assim como outras mulheres de outras profissões, estas estão suscetíveis a qualquer infecção sexualmente transmissível. Além disso, quis saber se há diferença no tratamento dado a elas em suas consultas ginecológicas, se elas recebem mais orientações quanto aos métodos preventivos de ISTs do que outras mulheres que não são prostitutas. Para tanto realizou-se pesquisa qualitativa com a utilização de entrevistas face a face, com o emprego de um roteiro semiestruturado junto a prostitutas do baixo meretrício na região central da cidade de Santos/SP. As entrevistas foram gravadas, transcritas e os depoimentos de acordo com a análise temática. Foram entrevistadas 11 mulheres com 19 a 59 anos de idade. O cuidado para essas mulheres de forma geral diz respeito ao uso do preservativo masculino com seus clientes, à realização de exames, higiene corporal, ao falar de suas profissões aos profissionais de saúde e também de suas identidades de gênero. Foi observado que as mulheres abordadas nessa pesquisa não receberam orientações específicas referentes a medidas preventivas em saúde, a maioria disse não ter recebido nenhuma informação de seus pais, escola ou serviços de saúde quanto à prevenção de gravidez e ISTs antes da primeira relação sexual. É importante ressaltar que a primeira relação sexual de três das onze entrevistadas foi fruto de estupro na infância, o que contribuiu com a falta de cuidado para com elas mesmas, desde sua infâncias. A grande maioria delas não utiliza o preservativo feminino. No entanto, foi observado que o cuidado para elas, não inclui somente o cuidado com o corpo, com o biológico. Elas em suas falas citam o cuidado com os filhos, com os pais e até presenciei uma situação de cuidado voltada a mim por uma das participantes. Além disto, também identifiquei o meu cuidado para com elas, quando as dei minha atenção e olhar.