Corpos profanos e transformados: prostituição e prevenção em tempos de aids

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2009
Autor(a) principal: Jimenez, Luciene
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/6/6136/tde-19022020-104423/
Resumo: Este trabalho teve como objetivo caracterizar os territórios, os locais e as redes de prostituição de mulheres e travestis no Município de Diadema/SP-BR, estabelecendo um paralelo com a cidade de Barcelona/ES. O Município de Diadema concentra a maior densidade demográfica do Estado de São Paulo e é caracterizado como uma cidade de trabalhadores, enquanto Barcelona é uma cidade prioritariamente turística. Elementos do método etnográfico foram aliados a entrevistas e questionários realizados com profissionais do mercado sexual em Diadema, no período de maio de 2005 a maio de 2007. A partir de junho de 2007, foram incluídas entrevistas com profissionais do sexo e profissionais técnicos em Barcelona. Em Diadema, as redes de transporte são comerciais e familiares. A demarcação dos territórios, o tempo (idade e tempo na profissão), as regras e o corpo surgiram como referenciais laborais para as prostitutas e existenciais para as travestis, revelando diferenças nas apropriações do trabalho sexual e chamando a atenção para a presença de travestis adolescentes e prostitutas maduras. Em Barcelona, a imigração ilegal é o organizador da vida destas profissionais, sendo expressiva a presença de mulheres em aparente estado de privação de liberdade. Desde o ponto de vista da saúde as abordagens à prostituição devem considerar as condições em que se dá este exercício. Enquanto uma ocupação, as abordagens remetem à saúde sexual/reprodutiva e à saúde ocupacional. As demandas referentes à saúde das travestis transcendem o exercício do sexo comercial e solicitam abordagens que considerem o grave processo de exclusão a que estão submetidas.