Adesão ao tratamento medicamentoso do diabetes mellitus tipo 2 em idosos da Estratégia Saúde da Família de Ribeirão Preto, São Paulo

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Oliveira, Rinaldo Eduardo Machado de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/17/17139/tde-01062020-084817/
Resumo: Objetivo: Estimar a prevalência e identificar as variáveis associadas à adesão ao tratamento medicamentoso do diabetes mellitus tipo 2 (DM2) em idosos das Unidades de Saúde da Família (USFs) de Ribeirão Preto, estado de São Paulo, Brasil. Métodos: Trata-se de um inquérito domiciliar de base populacional com 338 idosos e amostragem aleatória por conglomerados realizado no período de março a outubro de 2018. Utilizou-se um formulário estruturado para as entrevistas face a face. A adesão foi mensurada pelo Brief Medication Questionnarie. Resultados: A adesão ao tratamento do DM2 foi estimada em 52,4% dos idosos. Evidenciaram-se associações positivas entre adesão e: idade igual ou superior a 80 anos, escolaridade de um a quatro anos, não consumir álcool abusivamente, autoeficácia, diagnóstico médico apenas de DM2, não possuir excesso de peso, farmacoterapia com antidiabético oral, não ocorrência de eventos adversos aos medicamentos, não realizar múltiplas doses de medicamentos diariamente, não haver atraso na dispensação e realizar o tratamento em USFs (p<0,05). O número de medicamentos usados no tratamento do DM2 variou de 1 a 4. Observou-se o predomínio de antidiabéticos orais, sendo o uso de apenas metformina autorreferido por 37,9% dos idosos e 9,8% usavam sulfonilureia isoladamente. O acesso gratuito total aos medicamentos foi de 78,1%, sendo que as farmácias do Sistema Único de Saúde e as farmácias privadas conveniadas ao Programa Farmácia Popular foram os principais locais de provisão dos medicamentos. A polifarmácia foi verificada em 73,7% dos idosos. Dentre os 243 participantes que possuíam resultados de exames laboratoriais, 74,1% apresentaram hemoglobina glicada inferior a 8%. Conclusão: A baixa adesão mostrou-se importante e foi possível conhecer as variáveis que influenciavam neste processo. As estratégias para melhorias na adesão ao tratamento medicamentoso devem ser prioritárias nas USFs por representar um forte preditor de desfechos clínicos desfavoráveis em idosos.