Efeitos do anti-inflamatório inibidor COX 2 (meloxicam) associado ao uso da hCG na gestação, características de corpo lúteo, fertilidade e desenvolvimento embrionário em éguas receptoras

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Dercoli, Thyago Escodro
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/10/10131/tde-25082017-143448/
Resumo: A transferência de embriões (TE) é uma biotecnologia amplamente utilizada na produção de equinos no Brasil, e a égua receptora exerce um papel fundamental nos resultados finais nos programas de reprodução. Alguns tratamentos têm sido preconizados com objetivo de exercer ação luteotrófica, melhorando a função luteal, e com isto aumentando os níveis sistêmicos de progesterona, como também o uso de drogas anti-inflamatórias, que evitam a perda da função luteal causada pela liberação de prostaglandina em processos inflamatórios prévios ou por manipulação na passagem transcervical do embrião no momento da TE. O objetivo deste estudo foi investigar os efeitos do anti-inflamatório inibidor seletivo COX 2 (meloxicam) associado ao uso luteotrófico da hCG na gestação, características de corpo lúteo, fertilidade e desenvolvimento embrionário em éguas receptoras. Para isto, 60 éguas receptoras alojadas em central de reprodução foram aleatoriamente divididas em 4 grupos de 15 animais, de acordo com os seguintes tratamentos: aplicação de 5ml solução fisiológica no dia da ovulação (controle); aplicação de 2500 UI hCG no dia da ovulação; aplicação de 2500 UI hCG no dia da ovulação associado a 0,6 mg/kg de meloxicam; aplicação de 2500 UI hCG no momento da transferência do embrião associado a 0,6 mg/kg meloxicam. No dia da TE, 7 dias após a TE e 21 dias após a TE para as éguas que ficaram gestantes, foi avaliada a irrigação do corpo lúteo por ultrassonografia modo doppler colorido por meio de score do percentual de irrigação (0-100%), e a irrigação do útero avaliado por score (1-4). Por meio da ultrassonografia no modo B, a área do CL em mm2 foi avaliada nos mesmos momentos, a área da vesícula em mm2 aos 15 e 21 dias da gestação e o tamanho do embrião em cm aos 29 dias de gestação. Além disso, foi realizada dosagem plasmática de progesterona no dia da TE, 7 dias após a TE e 21 dias para as éguas gestantes. As comparações entre os grupos foram analisadas para efeitos principais de tratamento e tempo, assim como para efeito de interação tratamento x tempo. Não foi observado influencia da aplicação de hCG e/ou meloxicam nos animais tratados comparados ao controle (P>0,05). No entanto, foi observado um aumento numérico na taxa de gestação para os dois grupos de receptoras que receberam anti-inflamatório meloxicam, correspondendo a um índice superior em 13,3 % de gestação para éguas tratadas. Em conclusão, não há influencia da aplicação de hCG associado ou não meloxicam sobre a perfusão sanguínea uterina, do corpo lúteo, no desenvolvimento embrionário e nas concentrações plasmáticas de progesterona em receptoras de embriões. No entanto, existe, pela aplicação de meloxicam, evidência de melhora nos índices de gestação, podendo estar associado ao efeito anti-inflamatório seletivo COX-2, que pode melhorar resultados em programas comerciais de transferência de embriões em equinos.