Efeito da eCG sobre a irrigação sanguínea das estruturas ovarianas e temperatura vulvar de búfalas murrah com ovulação sincronizada

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Ruediger, Felipe Rydygier de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/152442
Resumo: Estratégias que busquem resultados reprodutivos superiores em búfalos devem ser pesquisadas. Para tanto, a gonadotrofina coriônica equina (eCG) vem sendo estudada apresentando resultados satisfatórios em búfalas, porém os mecanismos envolvidos na ação da eCG não foram totalmente esclarecidos. A termografia digital por infravermelho apresenta importância no estudo das variações de temperaturas da vulva durante o ciclo estral, podendo auxiliar na detecção do estro nesta espécie. O objetivo do presente estudo foi avaliar as variações morfológicas e de vascularização dos folículos e corpo lúteo (CL) e nas concentrações plasmáticas de progesterona (P4) e cortisol durante protocolo hormonal para a sincronização da ovulação com e sem eCG. Também objetivou-se avaliar a influência da fase reprodutiva e do clima sobre a temperatura da superfície da vulva em búfalas Murrah. Os animais foram aleatoriamente divididos em dois grupos, grupo com eCG (eCG, n=20) e grupo sem eCG (controle, n=20). No primeiro dia do protocolo hormonal (Dia 0), as vacas receberam um dispositivo intravaginal de P4 e administração de benzoato de estradiol. No dia 9, removeu-se o dispositivo de P4, administrou-se PGF2α em todas as búfalas e eCG nos animais do grupo eCG. No dia 11, foi administrado GnRH. A partir do dia 9, foram realizadas ultrassonografias doppler no período da tarde e termografia digital pela manhã e à tarde, diariamente até o dia 16 e depois nos dias 20, 24, 28 e 32, visando avaliar o desenvolvimento e irrigação folicular e do CL, e as temperaturas superficiais da vulva, mufla e olho. Adicionalmente, foram realizadas mensurações das variáveis climáticas, temperatura retal (TR) e colheita de sangue para obter as concentrações plasmáticas de P4 e cortisol. No experimento 1 o grupo eCG apresentou maior perímetro irrigado dos folículos nos dias 11 (P=0,018) e 12 (P =0,03), o CL apresentou maior diâmetro no dia 16 (P<0,0001) e maior área irrigada nos dias 14 (P=0,008), 15 (P=0,0051), 16 (P=0,0048), 20 (P=0,0037) e 24 (P=0,022) e produção de P4 nos dias 15 (P=0,042), 16 (P=0,048), 20 (P=0,0054) e 24 (P=0,0063). No experimento 2 as temperaturas da superfície da superfície da vulva, mufla e olho correlacionaram-se positivamente, com a TR e com os dados climáticos. As ovulações ocorreram em média aos 13,57±1,32 dias, sendo que foram encontradas maiores temperaturas da superfície da vulva, olho e mufla na fase folicular em relação à luteínica. As temperaturas da superfície da vulva foram mais baixas durante os dias 16, 20, 24 e 28 e a concentração plasmática de P4 apresentou padrão inversamente proporcional. As temperaturas da superfície da mufla e do olho não acompanharam o mesmo padrão de variação das temperaturas vulvares, entretanto, correlacionaram-se positivamente com as concentrações plasmáticas de cortisol. Portanto, a utilização de eCG durante protocolo hormonal para sincronização da ovulação à base de P4 favorece a concentração plasmática de P4 pela maior irrigação do folículo que proverá um CL maior e mais irrigado. A termografia digital por infravermelho é eficaz para avaliar a influência do ciclo estral e variações climáticas sobre as temperaturas da vulva e corporal.