Estudo clínico, epidemiológico, anatomopatológico e imuno-histoquímico das neoplasias gastrintestinais de cães

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2010
Autor(a) principal: Leandro, Rafael Magdanelo
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/10/10133/tde-25042012-100054/
Resumo: As neoplasias gastrintestinais de cães são incomuns e desconhece-se a sua ocorrência em São Paulo. O objetivo foi avaliar do ponto de vista epidemiológico, clínico, anatomopatológico e imuno-histoquímico cães portadores de neoplasias gastrintestinais. Para tanto foram analisadas as fichas clínicas e os resultados anatomopatológicos de 62 cães atendidos no Hospital Veterinário da Universidade de São Paulo no período de janeiro de 1998 a dezembro de 2008. As neoplasias foram 92% malignas, das quais as epiteliais corresponderam a 42% dos casos, hematopoéticas, 32% e mesenquimais, 26%. Todos os animais eram adultos com média de idade igual a 9 ± 3 anos, de porte pequeno a médio, 37,1% não tinham raça definida e 58% eram machos. A sintomatologia clínica foi correlacionada com a localização topográfica do tumor. Êmese, prostração, perda de peso e anorexia foram relatadas nas neoplasias do esôfago, estômago e intestino delgado, enquanto os quadros de hematoquesia, prolapso de reto, disquesia e tenesmo foram relatados nos tumores localizados na válvula íleoceco-cólica e no intestino grosso. As localizações mais freqüentes dos tumores foram o reto, 35,5 %, e o jejuno, 17,7%. As neoplasias mais freqüentes foram o adenocarcinoma tubular mucinoso, o linfoma T alimentar e os sarcomas de células alongadas. Os linfonodos mesentéricos e o fígado foram os principias sítios metastáticos. A sobrevida média dos cães foi 12 meses após o diagnóstico e não variou entre as neoplasias. O tamanho da neoplasia, grau histológico de malignidade e os escores de proliferação celular nas neoplasias não mostraram associação com a presença de metástases e com o período de sobrevida dos cães, exceto nos casos de linfoma alimentar. O estudo multidisciplinar na medicina veterinária mostrou ser importante para melhor caracterizar as neoplasias gastrintestinais de cães e estabelecer o melhor tratamento para esses animais.