Associação entre a qualidade de vida relacionada à saúde, atitudes frente ao uso de anticoagulação oral e variáveis sócio-demográficas e clínicas

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2009
Autor(a) principal: Corbi, Inaiara Scalçone Almeida
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/22/22132/tde-08062009-113145/
Resumo: Estudo descritivo, exploratório, tipo corte transversal com 178 pacientes em uso de anticoagulação oral em seguimento ambulatorial com os objetivos de: caracterizar os pacientes em uso de terapia de anticoagulação oral (TAO) segundo variáveis sóciodemográficas, clínicas e relacionadas à TAO; analisar a associação entre qualidade de vida relacionada à saúde com a idade e o sexo dos pacientes; analisar a associação entre qualidade de vida relacionada à saúde com o tempo de uso do anticoagulante oral (ACO), presença de complicações e indicação da TAO; analisar a associação entre a presença de complicações pelo uso de ACO com a presença de orientações prévias recebidas pelos pacientes. Os dados foram coletados por meio de entrevistas individuais e consulta aos prontuários dos pacientes, sendo a qualidade de vida relacionada à saúde, avaliada pelo instrumento SF-36. Os dados foram analisados por meio de estatística descritiva, teste t student, ANOVA e teste Exato de Fisher. Verificamos que a maioria dos pacientes era do sexo feminino; com idade média de 55,6 anos; aposentados (36,9%); com o primeiro grau incompleto (71,1%); renda familiar média de 896,3 reais; casados (65,2%); e procedentes de outras cidades do Estado de São Paulo (83,2%). As principais indicações para o uso de ACO foram uso de prótese cardíaca metálica (50,6%) e fibrilação atrial (33,1%). A maioria (83,0%) fazia uso da varfarina e a dose média dos ACOs foi 31,1 mg/semana, com o tempo médio de uso de 7 anos e valor médio do INR de 2,4 (de 0,5 a 6,8). A presença de complicações foi relatada por 74 participantes, sendo a maioria do tipo hemorrágica (94,6%) e que resultaram em 28 internações. A associação entre QVRS e a idade foi constatada nos domínios Capacidade funcional (p=0,017) e Dor (p=0,041) e com o sexo foi verificada nos domínios Saúde Mental (p=0,005) e Dor (p=0,020). Observamos que a avaliação dos pacientes na maioria dos domínios da QVRS foi melhor entre pacientes em tratamento a longo prazo (acima de 10 anos de uso do ACO). Mas, constatamos diferenças estatisticamente significantes entre os grupos apenas nos domínios Capacidade Funcional (p=0,000), Aspectos físicos (p=0,044) e Estado geral de saúde (p=0,044). Não confirmamos a associação da QVRS com a presença de complicações, mas constatamos essa associação quando analisamos indicação de ACO, sendo as diferenças estatisticamente significantes entre os grupos nos domínios Aspectos Físicos (p=0,028) e Capacidade Funcional (p=0,029). Outra associação verificada foi entre a presença de complicações pelo ACO e informações prévias recebidas pelos pacientes (p= 0,045). Avaliar a qualidade de vida relacionada à saúde e sua associação com variáveis sócio demográficas e clínicas nos possibilitou identificar aspectos importantes a serem considerados no planejamento da assistência dos pacientes em uso de anticoagulantes orais.