Representações da enfermagem na imprensa paulistana: a gazeta 1942-1945

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2009
Autor(a) principal: Mecone, Márcia Cristina da Cruz
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/7/7131/tde-26012010-082733/
Resumo: Este estudo teve como objeto analisar as representações da enfermagem veiculadas pela imprensa paulistana no período de 1942-1945, anos em que o Brasil participou da Segunda Guerra Mundial junto ao Bloco dos Aliados. Foram estabelecidos como objetivos do estudo identificar na mídia impressa do período delimitado (1942-1945) os achados iconográficos, bem como os tipos de notícias que evidenciavam a enfermagem como pressuposto de uma estratégia política para constituição de um front interno na capital paulista; analisar e discutir o perfil da enfermeira representado na imprensa através da formação proposta pela Escola de Enfermagem da Cruz Vermelha Filial do Estado de São Paulo. Trata-se de um estudo descritivo, qualitativo, exploratório, embasado nos pressupostos da História-Social. O corpus documental do estudo foi o jornal A Gazeta dos anos 1942 a 1945, que veiculava na capital paulista. Para tanto, foram pesquisados documentos no Arquivo Público do Estado de São Paulo e na Biblioteca da Escola de Enfermagem da Universidade de São Paulo, contemplando, também, a historiografia acerca do objeto. Reconhecendo que a imprensa trabalha com o conceito de verdade transitória, que reflete interesses político-ideológicos do período investigado, os achados do estudo revelaram a alusão à protagonização da mulher/enfermeira como símbolo dos ideiais nacionalistas, que se inspiraravam no nazi-fascismo, invocando: o apelo emocional, repetições de frases apoiando o governo, promessas de unificação e fortalecimento nacional. Nesse contexto político, assumiu relevo a inserção da enfermagem nas estratégias de americanização brasileira, que fomentava a Política da Boa Vizinhança. Quanto à Escola de Enfermagem da Cruz Vermelha Brasileira - Filial Estado de São Paulo, de fato, a publicação das notas nos jornais incentivavam o ingresso de mulheres nos cursos de enfermagem durante todo o período bélico, corroborando tal evidência na participação e no expressivo impacto que a referida escola representou no processo de capacitação do contingente de enfermagem, na época analisada