Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2016 |
Autor(a) principal: |
Costa, Kleber de Souza |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/7/7140/tde-19052017-105839/
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Resumo: |
Introdução: Na Antiguidade, homens cuidavam dos doentes em períodos de guerras ou eram religiosos movidos pela devoção e caridade. Após a profissionalização da Enfermagem, esta se torna predominantemente exercida por mulheres e se mantém até os dias atuais. O homem retorna à profissão devido à força física e separação de paciente por sexo, geralmente trabalhando em Psiquiatria, Ortopedia, UTI e Urologia, entretanto, pouco se sabe sobre sua inserção, vivência e trajetória profissional. Objetivo: Identificar os homens egressos da Escola de Enfermagem da USP, desde sua fundação, descrever, analisar e discutir suas vivências, estratégias de lutas, resistência e inserção na graduação e no trabalho. Método: Trata-se de um estudo de natureza histórico-social, descritivo e exploratório, com coleta de dados da inserção no serviço de graduação, abrangendo enfermeiros homens formados de 1950 a 1999. Utilizou-se como método da História Oral Temática para realização de entrevistas semi-estruturadas, com posterior análise de conteúdo de Minayo. Optou-se pelo referencial teórico de Pierre Bourdieu para compreender e discutir os achados, no que se refere aos aspectos do campo, habitus e capital (simbólico, social, cultural e econômico). Resultados: Dos 59 homens formados na EEUSP em cinco décadas, compreendidas de 1950 a 1999, foram encontradas informações relacionadas às proporcionalidades entre homens e mulheres, nacionalidade, etnia, religião, idade de ingresso, bem como nacionalidades, formação e profissão dos pais dos egressos. Foram realizadas 20 entrevistas, das quais foram encontradas as motivações do ingresso, como a influência da Igreja, amigos, profissionais da área e testes vocacionais. Na graduação, as lutas e resistência nos relacionamentos com alunas e docentes, bem como dificuldades em realização de estágios de Ginecologia e Obstetrícia. No trabalho, a maioria não apresentou dificuldades de inserção no mercado, tampouco problemas de relacionamento com as equipes médicas. Conclusão: Este estudo possibilitou uma melhor compreensão sobre o perfil dos homens na Enfermagem brasileira, principalmente em São Paulo, revelando uma grande desproporcionalidade na questão do gênero na Enfermagem, e destacando a trajetória de uma população pouco estudada, à margem dos holofotes da profissão. |