La petite mort: uma metanoia erótica pela estetização do pecado

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Lima, Alam da Silva
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/27/27159/tde-08032021-160311/
Resumo: Entre a \"Vênus Celestis\" e a \"Vênus Naturalis\" existe um ponto de interseção onde a carne violentamente sublima até alcançar o mármore dos deuses, ofegante: A morte! Este abismo que cava em todas as direções seu frêmito azul como o olhar rarefeito de um cego. É um céu assassinado, Uranos, que faz espumar na esquálida face do oceano a fonte do amor, que engendra em pérola um corpo de mulher. Este jorro criador da morte tem seu maior intérprete na vida: O orgasmo ou \"pequena morte\", conceito apresentado por Georges Bataille em seu livro O Erotismo, ponto de partida para a produção das imagens. \"La petite mort - uma metanoia erótica\" é uma pesquisa poética em pintura equivalente a uma dissertação de mestrado. A imagem não é teoria nem filosofia, ainda que teorias e filosofias possam estar presentes nelas e contribuir para a produção de textos significativos partir delas. Quantas dissertações e teses não são apresentadas nas mais diversas áreas com base na leitura de imagens? Os textos aqui apresentados são o testemunho do nascimento das obras, reflexões sobre os debates que ela suscita, além de anotações do diário do atelier. Apresentada na forma de diálogos, aforismos, contos e poemas, buscou-se preservar no texto toda a angústia e insegurança da prática artística, como uma confissão dolorosa, ajoelhada e cheia de fé (a essência da fé é a dúvida). \"Deixai toda esperança, vós que entrais.\"