Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2006 |
Autor(a) principal: |
Knijnik, Jorge Dorfman |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/47/47134/tde-27032006-074510/
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Resumo: |
O futebol é, indubitavelmente, parte integrante e simbólica de manifestações culturais de norte a sul do Brasil. Entretanto, mesmo sendo alvo do interesse e preocupação de milhões de brasileiros, nesta terra futebol é coisa de homem. É marcante desta masculinização" da modalidade em nosso país o depoimento feito por René Simões (técnico medalhista de prata com a seleção brasileira feminina de futebol nos Jogos Olímpicos de Atenas - 2004): o escolado técnico pediu desculpas perante as câmeras de televisão para as suas filhas é pai de três mulheres - por nunca tê-las presenteado com uma bola de futebol, nem as ensinado a jogar. Esta é uma realidade de muitas garotas brasileiras, que nunca tiveram a possibilidade de se iniciar nesta prática tão crucial na cultura nacional. Desta forma, o objetivo principal deste trabalho foi estudar as relações de gênero no futebol, tendo como pano de fundo as representações sociais das futebolistas que disputaram o Campeonato Paulista Feminino de Futebol de 2004. Pretendeu-se também avaliar quais as situações mais stressantes já vividas por estas atletas em suas carreiras, bem como contribuir com a formação de programas esportivos não sexistas, onde meninas e meninos tenham os mesmos direitos a práticas esportivas educativas. Para atingir estes objetivos, empregou-se um referencial teórico embasado nas principais teorias sobre identidades de gênero, stress e direitos humanos, e por meio de observações de campo de viés etnológico, e também através de entrevistas estruturadas com 33 atletas entre 16 e 27 anos, as quais foram analisadas por meio da metodologia do Discurso do Sujeito Coletivo, descobriu-se que o preconceito é aquilo que mais marca a vida esportiva e a carreira destas atletas, interferindo em seu desenvolvimento esportivo, criando situações stressantes e mesmo afastando atletas do esporte. Sugere-se ao final que se invistam em novos programas de co-educação esportiva, sobretudo no futebol, para que se criem espaços solidários e de tolerância entre todos os seres humanos, numa perspectiva de pressionar pela mudança da ordem hierárquica de gêneros e por uma maior justiça social. |