Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2018 |
Autor(a) principal: |
Pereira , Marcela Caroline
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Orientador(a): |
Freitas Junior, Miguel Archanjo de
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Banca de defesa: |
Capraro, André Mendes,
Woitowicz, Karina Janz |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual de Ponta Grossa
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Ciências Sociais Aplicadas
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Departamento: |
Setor de Ciências Sociais Aplicadas
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
http://tede2.uepg.br/jspui/handle/prefix/2499
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Resumo: |
O objetivo deste estudo é analisar o conteúdo dos textos publicados na revista Placar, sobre a seleção brasileira de futebol feminino, nos anos de Mundial (1991, 1995, 1999, 2003, 2007, 2011, 2015) e Jogos Olímpicos (1996, 2000, 2004, 2008, 2012), duas das principais competições desta modalidade. Para atingir os resultados, utilizaram-se os aportes teórico-metodológicos da Análise de Conteúdo, que direcionou a análise dos textos jornalísticos. Encontrou-se 58 publicações mencionando a seleção brasileira feminina, dispostas em 34 das 130 edições a que se obteve acesso. Tendo em vista o número de edições e de textos publicados ao longo dos 12 anos analisados, constatou-se a baixa frequência de publicações sobre a seleção feminina de futebol na revista Placar, comparado a outras modalidades, sobretudo, o futebol masculino. Além disso, na análise do conteúdo dos textos verificou-se que a revista fez alusões acerca de categorias como gênero, classe, raça e etnia quando tratam das jogadoras da seleção. A partir de 2004, os conteúdos passaram a enfatizar a representação da seleção brasileira de futebol feminino pelas jogadoras Marta e Cristiane, as quais são exaltadas pela revista Placar, devido à atuação das atletas na seleção e às conquistas no universo futebolístico. Por meio deste estudo, pode-se concluir que a Placar reflete em seu conteúdo as lutas das jogadoras de futebol, ao relatar as trajetórias e as dificuldades das atletas que efetivamente representaram a seleção brasileira de futebol feminino nas competições. No entanto, reforçam o preconceito em relação a elas, na medida em que comparam a outras jogadoras (modelos), as quais possuem os padrões de gênero, classe e raça normativos hegemônicos. Os termos utilizados pela revista, para referir-se as jogadoras da seleção, são essencialistas e demonstram implicitamente as estratégias de espetacularização dos corpos, as quais foram ofertadas pelo campo jornalístico e esportivo, bem como utilizadas pelas atletas na tentativa de ganhar legitimidade. Compreende-se que a baixa frequência de aparição da seleção feminina na revista resultou na invisibilidade do futebol feminino frente ao público leitor. |