Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2015 |
Autor(a) principal: |
Dias, Juliana Bernardes Elias |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/17/17153/tde-19012021-124935/
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Resumo: |
Telômeros são sequências de nucleotídeos que selam o final dos cromossomos, protegendo-os de danos. O reparo telomérico defeituoso nas células-tronco hematopoéticas pode desencadear doenças graves relacionadas à falência das células-tronco, como a anemia aplástica grave (AAG) congênita ou adquirida. Para os pacientes menores de 40 anos, com doador HLA (antígeno leucocitário humano - do inglês: Human leukocyte antigen) idêntico, o transplante de medula óssea (TMO) alogênico é considerado terapia de primeira linha. A resposta ao TMO depende da ocorrência ou não de complicações relacionadas ao tratamento como: falha de enxertia, doença do enxerto contra o hospedeiro, toxicidade relacionada ao TMO. O comprimento telomérico é um marcador de senescência e capacidade replicativa das células. Dessa forma, o estudo do comprimento telomérico é oportuno no ambiente de alta proliferação celular como o transplante. O presente estudo incluiu sessenta e seis pacientes, que realizaram TMO alogênico para AAG e seus doadores relacionados ou não relacionados que apresentavam amostras de DNA avaliáveis pré-transplante, entre 1992 e 2014, em dois centros de TMO. O comprimento telomérico dos leucócitos do sangue periférico de receptores e doadores pré-TMO foram avaliados pelo método real-time polymerase chain reaction (qPCR) e classificados em tertis. O objetivo deste estudo foi avaliar a associação do comprimento telomérico ajustado para idade de doadores e receptores de TMO para AAG com os desfechos clínicos após o transplante. Não houve associação entre o comprimento telomérico do receptor e do doador e enxertia de neutrófilos e plaquetas, doença do enxerto contra hospedeiro (DECH) crônica, falha de enxertia tardia, toxicidade relacionada ao TMO e sobrevida global. Em estudo prévio, o telômero curto do paciente com AAG foi associado com menor sobrevida global e maior recaída da doença durante o tratamento imunossupressor. No presente estudo, não houve associação entre menor comprimento telomérico do receptor e doador e menor sobrevida global no contexto de TMO alogênico para AAG em sua maioria com doadores relacionados. Em conclusão, o TMO alogênico relacionado permanece como melhor opção terapêutica para os pacientes jovens com diagnóstico de AAG e presença de telômero curto. |