Efeito do derivativo de purina SR1 e do derivativo pirimidoindólico UM171 na expansão de células-tronco e progenitoras hematopoéticas na anemia aplástica adquirida

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Oltramari, Marcos Roberto Pedron
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
SR1
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/17/17153/tde-19082020-094004/
Resumo: A anemia aplástica adquirida (AAa) corresponde a uma doença caracterizada por falência da medula óssea devido à destruição imune das células-tronco e progenitoras hematopoéticas (CTPH). O tratamento de pacientes com esta enfermidade persiste desafiador devido tanto às complicações agudas da pancitopenia, quanto à história natural da doença e efeitos adversos das terapias vigentes. O transplante autólogo de células-tronco e progenitoras hematopoéticas (TCTH autólogo) expandidas in vitro poderia melhorar a resposta ao tratamento imunossupressor, adicionando baixa toxicidade ao mesmo. As condições usuais de cultivo para a expansão de CTPH in vitro promovem proliferação expressiva, porém acompanhada por aumento significativo da diferenciação celular. Destacam-se duas drogas (derivativo de purina SR1 e derivativo pirimidoindólico UM171) capazes de expandir células CD34+ humanas in vitro, com preservação das características de célula-tronco e indução mínima de diferenciação. Este estudo objetivou avaliar os efeitos de SR1 e UM171 em células CD34+ expandidas in vitro provenientes de amostras de aspirado de medula óssea de pacientes com AAa sobre a expressão imunofenotípica, potencial de formação de colônias, comprimento telomérico, desenvolvimento de alterações citogenéticas e perfil de expressão gênica. Para isso, utilizaramse 22 amostras de aspirado de medula óssea: cinco, provenientes de indivíduos saudáveis (grupo controle); e dezessete, provenientes de pacientes portadores de AAa grave (grupo AA). Ao contrário de SR1, UM171 mostrou-se capaz, em ambos os grupos, de expandir as células CD34+, conter a diferenciação celular e, em especial, reter a expressão dos fenótipos mais primitivos Thy-CD49f+ e Thy+CD49f+, embora com maior potencial proliferativo em células do grupo controle. Alterações citogenéticas clonais, da expressão de genes relacionados ao desenvolvimento de neoplasias hematológicas e encurtamento telomérico excessivo não foram observados com exposição a SR1 nem UM171. Este estudo demonstrou a propriedade de UM171 conter a diferenciação de células CD34+ expandidas in vitro de indivíduos com AAa sem acarretar transformação aberrante, conferindo segurança à translação destes resultados à pesquisa clínica.