Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2021 |
Autor(a) principal: |
Oliveira, Camila Parente de |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5131/tde-27082021-104448/
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Resumo: |
Introdução: Dispositivo Cardíaco Eletrônico Implantável (DCEI) é a denominação genérica de um grupo de aparelhos destinados ao tratamento das arritmias cardíacas e do sincronismo das câmaras cardíacas. A maioria dos portadores de DCEI tem percepção de mudança do estilo de vida, limitação de atividades cotidianas e de exercícios físicos, além de ansiedade e depressão. Essas mudanças de comportamento devem-se ao desconhecimento e à falta de orientação efetiva. A promoção da saúde por meio de intervenção educativa é uma estratégia auspiciosa e a proposta do mobile health(MH) é uma prática reconhecida e promissora. Nesse sentido, este projeto visa a elaboração e implantação de um MH, denominado ApPaceMove. Objetivo primário do estudo: Avaliar o impacto do ApPaceMove, na capacidade funcional de portadores de DCEI, considerando o teste caminhada de 6 minutos (TC6`). Métodos: Ensaio clínico, unicêntrico, randomizado, controlado e não cego, realizado em hospital terciário de cardiologia. Foram incluídos: portadores de qualquer DCEI, maiores de 18 anos, com fração de ejeção do ventrículo esquerdo (FEVE) superior a 40%, Classe Funcional de Insuficiência Cardíaca da (CF IC) NYHA I e II, com estabilidade clínica nas últimas 3 semanas, com habilidade para realizar o auto monitoramento da intensidade de atividade física, e com disponibilidade de acesso a internet. Este estudo foi realizado em duas fases distintas: FASE I - recrutamento dos pacientes, modelagem do MH assim como escolha do aplicativo e adaptação para o estudo e FASE II - realização de avaliação basal, que consistiu em coleta de dados basais, aplicação de questionários específicos( para nível de atividade física IPAQ; para qualidade de vida- SF36; para nível de ansiedade e depressão- HADS) e teste de caminhada de seis minutos (TC 6\'). Em seguida os pacientes foram randomizados 1:1 em Grupo I- (GI) intervenção por MH e Grupo C (GC) controle. Os pacientes do GI foram acompanhados por três meses, em uso do ApPaceMove, enquanto os do GC seguiram o protocolo da rotina ambulatorial. Após 3 meses foram realizadas: avaliação final (mesmo conteúdo da basal) e análise de usabilidade, satisfação e adesão. Resultados: Foram incluídos 94 portadores de DCEI, randomizados em GI (45) e GC (49). A idade média foi de 60.84 ± 17.03 anos, e a maioria dos pacientes era do sexo masculino (52,12%); 51,06% eram casados e 44,68% eram aposentados. Após o uso do ApPaceMove, valor do delta TC 6` dobrou ( GI -22±111 vs GC -49±123, p=0,374); e houve melhora do perfil de ansiedade (delta: GI 0.0 [-2.0 - 3.0] vs GC= -2.0 [-3.0 - 1.0], p= 0,054). Não houve variação quanto ao: perfil de depressão ( GI -1.0 [-2.0 - 1.0] vs GC 0.0 [-1.8 - 1.0], p= 0.218); a QdV - todos os domínios do SF36; e as variáveis do IPAQ. Conclusões: Este estudo, realizado em portadores de DCEI, assistidos em hospital terciário de atenção à cardiologia, demonstrou que: 1- O aplicativo ApPaceMove apresentou efeitos positivos sobre capacidade funcional, e no comportamento psicossocial (ansiedade); 2- Elevados níveis de usabilidade e satisfação; apesar de baixa adesão, possivelmente relacionada às condições socioeconômicas da população estudada; 3- Efeito neutro sobre QdV e nível de atividade física. Acredita-se que, fora do contexto da atual crise sanitária (pandemia pelo COVID-19), o uso do ApPaceMove poderia proporcionar impacto positivo mais relevante |