Giorgio Mortara e Richard Lewinsohn: dois economistas judeus na burocracia do Estado Novo, 1939-1945

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Colffield Lopez, Carol
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8158/tde-13092022-152417/
Resumo: A política imigratória do Estado Novo caracterizou-se, em relação aos judeus, pela restrição à entrada, processo esse materializado fundamentalmente por meio de circulares que orientavam o corpo diplomático a criar obstáculos à emissão de vistos. Entretanto, dois economistas, Giorgio Mortara e Richard Lewinsohn, perseguidos em seus países por motivos \"raciais\", não somente conseguiram emigrar para o Brasil, mas viveram seus respectivos exílios no interior da burocracia varguista - Mortara no IBGE, Lewinsohn no DASP. Resgatar a trajetória dessas duas figuras em meio às contradições que permitiram essa conjunção de elementos entre 1939 e 1945 é o propósito deste trabalho. Como principais fontes de pesquisa foram utilizados, além de documentos pessoais referentes aos protagonistas, a produção intelectual anterior ao exílio e principalmente, aquela que foi publicada no Brasil, já que esta revela a simbiose entre as ideias desses intelectuais-técnicos e as ambições de um país que buscava impulsionar seu desenvolvimento tendo como base a racionalidade administrativa.