Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2001 |
Autor(a) principal: |
Ferreira, Carlos Magri |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11132/tde-07112001-143255/
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Resumo: |
O objetivo do trabalho foi estudar a produção e comercialização de feijão no Brasil na década de 1990, tendo como referencial o Plano Real e fazer uma projeção de demanda até 2005. Foram realizados estudos sobre a produção, considerando épocas de colheita, distribuição geográfica, principais fluxos de distribuição. Foram também estimadas relações entre preços recebidos pelos produtores dos sete principais estados produtores e entre preços ao atacado e varejo na cidade de São Paulo. Foram estimadas as margens de comercialização e realizados estudos econométricos, cuja metodologia básica aplicada consistiu de duas etapas, a primeira, foi identificar o sentido da causalidade, ou seja, diante de algum fator ou choque, em que nível de mercado mais freqüentemente se iniciam as alterações de preços, e como essas alterações são transmitidas, ou em que intensidade os níveis de mercado reagem frente aos choques de preços, que podem ter origem na variação da demanda, da oferta de matéria-prima ou da oferta de insumos de comercialização. Por fim, foi feita uma projeção de consumo. Os resultados revelam que após o Plano Real ocorreram algumas alternâncias de produção entre as regiões e um crescimento da produção na Região Nordeste. Porém, não ocorreram alterações significativas nas quantidades produzidas de feijão nos tradicionais Estados produtores. Por outro lado, aumentou a quantidade importada. Quanto à concentração da produção, verificou-se a existência de microrregiões cujas produções tem maiores participações e são mais constantes no contexto nacional. Observou-se que muitas análises de mercado feitas no período considerado, basearam-se somente nos resultados das safras destas regiões, chegando a conclusões e previsões equivocadas. Concluiu-se que, embora haja certa concentração da produção de feijão no Brasil, a produção pulverizada desempenha papel importante no comportamento do mercado. Quanto aos preços recebidos pelos produtores, após o Plano Real, sofreram uma queda de cerca de 33,9%, e os preços ao varejo e atacado sofreram uma diminuição de 33,5% e 25,2%, respectivamente. As margens de comercialização relativas, entre atacado e varejo e entre varejo e produtor, aumentaram, indicando que o consumidor pagou mais pelos serviços de intermediação. Finalmente, confirmou-se o papel do setor intermediário de abrandar choques. Desta forma, apesar das mudanças de estratégias no mercado atacadistas, não foram encontrados elementos que indiquem mudanças substanciais na comercialização. Em relação ao consumo per capita foi estimada uma redução, em média, de 1% ao ano, nas três últimas décadas. Esta tendência porém, não é linear, existindo oscilações entre anos. A projeção para o período de 2000 a 2005 permitiu indicar a manutenção da redução do consumo. |