Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2022 |
Autor(a) principal: |
Farias, Ana Priscila de Souza |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8136/tde-07102022-104458/
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Resumo: |
As Indicações Geográficas (IGs) do Estado do Pará estão em suas fases de implementações após seus reconhecimentos de origem e a concessão de signos distintivos. Para fins desta Tese, discutem-se, pautas que vão além do conteúdo amplamente estudado sobre o possível desenvolvimento territorial que as IGs podem promover ao território. Apresentamos aqui inquietações e questionamentos sobre a Indicação Geográfica do Queijo do Marajó e seus desdobramentos. Os objetivos primordiais da pesquisa foram: analisar se a IG do Queijo do Marajó é capaz de promover o desenvolvimento territorial da Microrregião do Arari, na Ilha do Marajó, bem como considerar seus principais desafios após um ano do reconhecimento concedido pelo INPI, dar voz aos agentes envolvidos e observar como os mesmos percebem a IG, além de refletir sobre os possíveis danos ao território com a concessão do signo distintivo. Com vistas a atingirmos os objetivos propostos, os procedimentos metodológicos utilizados resumiram-se em pesquisa bibliográfica e documental para embasamento teórico sobre o assunto, realização de entrevistas semiestruturadas e incursões a campo para a área de recorte espacial da pesquisa: Cachoeira do Arari, Salvaterra e Soure. Os resultados obtidos reforçam a hipótese de que a IG do Queijo do Marajó ainda não encontra elementos fortes suficientes para a promoção do desenvolvimento do território marajoara. As respostas desta pesquisa convergem para o estímulo de novos olhares sobre as indicações geográficas, bem como a necessidade de ampliar as investigações sobre problemas e danos que as IGs podem trazer para um território. No caso da IG do Queijo do Marajó, conclui-se, então, que é necessário aumentar as estratégias de proteção deste patrimônio coletivo, buscar alternativas de ampliar o alcance dos benefícios para outras habitantes do Marajó que não estejam diretamente envolvidos com a IG, como no conceito de Cesta e Bens, assim como a adoção de políticas públicas com vistas a evitar lacunas e fragilidades que possam comprometer a integridade dos elementos que sustentam a IG, como o produto, os produtores, o saber-fazer e o território. |